Expressão e imaginário do grafite na cultura Hip-Hop : a vez e a voz de um grafiteiro de Pelotas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Lima, Nicola Caringi
Orientador(a): Peres, Lúcia Maria Vaz
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Art
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7635
Resumo: A presente pesquisa tem por tema o grafite da Cultura Hip-Hop, aqui particularizado em investigação que aborda narrativas e produção estética de um grafiteiro da periferia de Pelotas. Do tipo estudo de caso, dirige-se, basicamente, à observação do Imaginário que sustenta essa produção, a partir da ótica proposta por Gilbert Durand. Tal enfoque evidencia a força das interações com os meios cósmico e social e sua relação com a vida psíquica de cada indivíduo, daí resultando o fomento das estruturas formadoras do imaginário humano. Assim, partindo do pressuposto de que todo artista é um mediador entre o espírito coletivo (grupal e universal) e a realização artística, esse trabalho visou a surpreender a sócio-gênese de um fazer estético de caráter popular, bem como a produção de sentido que dele advém, no intuito de incentivar tal discussão em práticas educativas que se relacionem com o ensino das artes. Para tanto, considerou-se ainda que, de modo geral, os estudos universitários sobre arte apresentam deficiência quanto à integração das criações artísticas com o sistema de relações de onde emergem (o que implica maior relativização das vias de acesso ao reconhecimento da arte como tal). Relativamente à investigação, foram realizadas duas entrevistas com o sujeito de pesquisa, tendo em mira a observação das influências familiares e sociais nos processos (auto) formadores de sua trajetória pessoal e artística. A elas associou-se, ainda, uma breve tentativa de leitura de três de suas obras, no intuito de obter dados para configurar categorias de análise. Do que foi obtido, emergiram três grandes núcleos simbólicos de importância para esse fim: a negritude, a infância e o compromisso social, aos quais foi possível associar uma perceptível relação com o universo feminino, a aceitação do heroísmo como forma de luta e a vontade de superar uma condição social de exclusão. A intersecção de tais núcleos possibilitou reflexões que visaram a uma hermenêutica instauradora de sentido, no que se refere à busca das razões que sustentam as formulações estéticas do grafiteiro em questão.