Morfologia urbana e ambiente: um estudo exploratório sobre os efeitos da renaturalização na estrutura configuracional urbana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lima, Janaína Ayres de
Orientador(a): Faria, Ana Paula Neto de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8667
Resumo: Cidades apresentam várias formas de tecido urbano, as quais produzem diferentes graus de integração e segregação espacial interna. Com o crescimento das cidades, espaços de interesse ambiental são fortemente impactados ouaté mesmo completamente convertidos para espaços urbanos. As diretrizes de planejamento dos últimos anos têm se voltado para uma definição mais rigorosa de critérios de preservação do ambiente natural e para as possibilidades de renaturalizar áreas urbanizadas. A fim de aproximar duas das principais angústias da sociedade atual, a segregação sócio-espacial e a degradação ambiental, o presente estudo exploratório aborda a temática da renaturalização urbana sob a ótica da configuração espacial. As intervenções sobre o espaço urbano que procuram aprimorar a conectividade do ambiente natural acabam produzindo alterações na estrutura configuracional urbana. Estas alterações, por sua vez, tendem a reduzir a integração espacial, elevando a segregação na malha urbana. O objetivo geral do estudo está em avaliar o grau de impacto nos níveis e padrões de segregação sócio-espacial gerados por projetos de renaturalização. Como metodologia utilizamos a modelagem urbana a fim de simular cenários de futuro e medidas de diferenciação espacial para avaliar o impacto sobre a estrutura urbana. Dentre as medidas de diferenciação espacial selecionamos a acessibilidade e a centralidade. Em paralelo, os sistemas naturais são avaliados a partir da acessibilidade e número de ciclos, em busca de um parâmetro para ponderação entre a eficiência da malha urbana e a qualidade da rede ecológica. As variações na segregação espacial decorrentes de diferentes critérios de renaturalização são evidenciadas através da comparação entre os cenários simulados. Através da análise estatística da distribuição das medidas de diferenciação espacial, tanto do espaço urbano quanto da rede ecológica, demonstramos que se submetermos as cidades a projetos de renaturalização, as perdas de qualidade espacial da malha urbana são pequenas quando comparadas às vantagens adquiridas pelo ambiente natural. Além disso, estasperdas podem ser minimizadas com a utilização de critérios de intervenção baseados em características morfológicas do sistema espacial urbano.