Estudo de associação entre o polimorfismo Val66Met no gene do BDNF com transtorno de ansiedade generalizada
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Catolica de Pelotas
saúde BR Ucpel Mestrado em Saúde e Comportamento |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://tede.ucpel.edu.br:8080/jspui/handle/tede/382 |
Resumo: | O transtorno de ansiedade generalizada (TAG) é uma doença crônica, caracterizada pelo excesso de ansiedade e preocupação somada à presença de outros sintomas, como tensão muscular, e irritabilidade (Hanrahan et al, 2013; Zargar et al, 2013). De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV), esse transtorno normalmente inicia na adolescência e afeta cerca de 5,7% da população em geral com altas taxas de incidência em mulheres (Kessler et al, 2005; Tempesta et al, 2013). Além disso, o TAG tem considerável impacto na qualidade de vida, sendo responsável por prejuízos na vida social, profissional e familiar dos seus portadores (Zargar et al, 2013; Tempesta et al, 2013). O TAG, geralmente é acompanhado de comorbidades psiquiátricas como a depressão maior, outros transtornos de ansiedade, e abuso de álcool, sendo caracterizado por altas taxas de falha na terapêutica, o que dificulta a resposta ao tratamento, bem como a resposta a psicoterapia (Zargar et al, 2013; Grant et al, 2005). O TAG é uma doença complexa na qual ocorre a interação de múltiplos fatores ambientais, biológicos e genéticos, cuja neurobilogia exata permanece ainda desconhecida (Zargar et al, 2013; Chen et al, 2006). O fator neurotrófico derivado do cérebro (BDNF), membro da família das neurotrofinas, age sobre certos neurônios do SNC e periférico, desempenhando um papel importante na sobrevivência, diferenciação e crescimento neuronal durante o desenvolvimento e na idade adulta (Gratacos et al, 2007; Egan et al, 2004). No cérebro está presente em regiões específicas como hipocampo, neocortex e hipotálamo, regiões-chave na regulação do humor e comportamento, bem como na aprendizagem e memória, indicando um envolvimento direto na patofisiologia das doenças psiquiátricas (Yoshii and Constantine-Paton, 2010; Lu et al, 2008). Estudos clínicos e pré-clínicos com transtornos de ansiedade demonstram que alterações no gene e nos níves de BDNF podem estar associados a doença (Hartmann et al., 2001; Rasmusson et al., 2002; Molle et al., 2012). Porém os estudos nesta área são escassos e inconsistentes, mas indicam que indivíduos com TAG apresentam uma maior frequência do alelo Met (Suliman et al, 2013; Ball et al, 2013). Dessa forma, uma melhor compreensão de alguns fatores genéticos envolvidos nos transtornos de ansiedade poderá permitir avanços não só ao nível de tratamento, mas também de prevenção e diagnóstico, podendo algumas alterações neurobiológicas vir a integrar os critérios de diagnóstico e monitoramento da doença, hoje exclusivamente semiológicos, e contribuir, assim, para a explicação da heterogeneidade desta patologia |