Terapia antirretroviral no controle do vírus da imunodeficiência felina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silva, Fábio da Silva e
Orientador(a): Hübner, Silvia de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3963
Resumo: O vírus da imunodeficiência felina (FIV) apresenta estrutura molecular similar ao vírus da imunodeficiência humana (HIV) e pode assim causar síndrome de imunodeficiência adquirida em gatos, estando o tratamento antirretroviral indicado em animais acometidos por infecções recorrentes, neuropatias e gengivoestomatite crônica. Entretanto, a zidovudina, apresenta-se como o único fármaco anti-HIV recomendado para tratamento de gatos infectados pelo FIV, sendo a ação da maioria das drogas antirretrovirais desconhecida diante do agente. Dessa maneira, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a ação terapêutica do fármaco raltegravir em gatos naturalmente infectados por FIV, mediante a análise de imunofenotipagem e carga viral plasmática pré, trans e pós terapia. A pesquisa foi conduzida a partir da avaliação de nove gatos com infecção por FIV provenientes da rotina de atendimento médico do Hospital de Clínicas Veterinária da UFPel durante o ano de 2016. Esses animais foram classificados em dois grupos: o grupo 1 (G1) composto de cinco animais FIV positivos submetidos ao tratamento com o fármaco raltegravir e o grupo 2 (G2) constituído de quatro animais FIV positivos não tratados com o antirretroviral. Cada animal foi submetido a 3 avaliações em momentos distintos, a 1ª avaliação (pré-terapia) foi realizada até 2 dias antes do início do tratamento, a 2ª avaliação (trans-terapia) entre o 10º e 12º dia de tratamento e a 3ª avaliação (pós-terapia) realizada até dois dias após a suspensão do medicamento. A dose de 40mg/ gato a cada 12h, via oral, administrada por 21 dias demonstrou-se tolerável e segura nos gatos, pois não induziu nenhuma reação adversa durante o tratamento. Contudo a contagem de linfócitos CD4+ e o quociente CD4+/CD8+ não demonstrou elevação de valores, assim como a carga viral plasmática não apresentou supressão após o tratamento com raltegravir pelo mesmo período. Sendo assim, não foi possível estabelecer atividade antiviral in vivo do antirretroviral raltegravir diante do FIV.