Avaliação da ocorrência e impacto de Trichomonas gallinae em aves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Hidalgo Martínez, Jenny Paola
Orientador(a): França, Raqueli Teresinha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10042
Resumo: A tricomoníase aviária é causada pelo protozoário Trichomonas gallinae, que tem como principais hospedeiros aves da família Columbidae, que apresentam alta prevalência do protozoário sem manifestar a doença. O contínuo crescimento da população de pombos e sua natureza cosmopolita fazem com que hoje exista uma distribuição mundial desta espécie, sendo responsável pela distribuição e manutenção da prevalência da tricomoníase em quase todo o mundo. A transmissão da doença pode ser por contato direto, ou indireto, por meio de alimentos ou água. Essa rota indireta é a razão pela qual uma grande variedade de ordens de aves pode ser infectada, muito diferente dos columbídeos, como falconiformes, strigiformes, passeriformes, piciformes, psittaciformes, gruiformes, galliformes ou anseriformes. Assim, o objetivo desse estudo foi avaliar a presença de T. gallinae em passeriformes recebidos em um centro de triagem de animais silvestres, além de descrever um caso positivo de infecção por T. gallinae em um tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus). Para a realização deste estudo, foram coletadas e analisadas 300 amostras por conveniência, de swabs da mucosa oral de passáros da ordem Passeriforme, que correspondiam a 23 espécies diferentes recebidas no Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestres (NURFS) da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em estações distintas do ano, entre os meses de março a outubro de 2021. De todos os indivíduos foi realizado suabe da orofaringe, o material foi imediatamente acondicionado em tubo falcon contendo meio de cultura Tripticase-Yeast ExtractMaltose (TYM) e encaminhado ao Laboratório de Protozoologia e Entomologia (LAPEn) para incubação em estufa de crecimento bacteriologico e posterior identificação em lamina em montagem úmida no microscópio óptico em aumento de 40x do protozoário. A montagem úmida em lamina, foi feita em triplicata e analisada em sua totalidade. Das 300 aves avaliadas no cultivo in vitro para T. gallinae, 25 tiveram resultado inconclusivo e foram sumetidas a análise de PCR, sendo negativas para T. gallinae. Embora não tenha sido encontrado nenhum Passeriformes positivo, o monitoramento da ocorrência desse protozoário deve continuar, pois sabe-se que ele pode causar uma possível epidemia, levando a perdas para a fauna silvestre que possuí aves ameaçadas de extinção.