Seletividade do florpyrauxifen-benzyl ao arroz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Velásquez-Rodríguez, Juan Camilo
Orientador(a): Avila, Luis Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8169
Resumo: Florpyrauxifen-benzyl é um novo herbicida auxínico desenvolvido para o controle seletivo de plantas daninhas em arroz. A seletividade em arroz pode ser afetada pelas condições ambientais e prática de lavoura. Esta dissertação tem o objetivo de avaliar o efeito das condições ambientais, inibidores da P450 e temperatura na seletividade do florpyrauxifen-benzyl em arroz. Para atingir esse objetivo, uma série de experimentos foi realizada e a dissertação foi dividida em capítulos. No capítulo I, experimentos de campo foram conduzidos na estação experimental da Embrapa Clima Temperado RS, Brasil, na safra 2019/20 e repetido em 2020/21, com o objetivo de avaliar a fitotoxicidade à cultura e a resposta da produtividade do arroz às doses de florpyrauxifen-benzyl, afetadas pela época de plantio e estádios de crescimento na aplicação do herbicida. No capítulo II, dois experimentos de dose resposta foram conduzidos em casa de vegetação na Universidade Federal de Pelotas RS, Brasil, avaliando a adição de inibidores da P450 e a resposta de duas cultivares de arroz ao florpyrauxifen-benzyl. Por último, no capítulo III dois experimentos em câmara de crescimento foram realizados para avaliar a fitotoxicidade e expressão gênica de CYP71A21, OsGSTL3, OsGTy e OsWALK21.2 em plantas de arroz pulverizado com florpyrauxifen-benzyl em condições de temperatura variável no momento da aplicação. A fitotoxicidade à planta de arroz devido ao florpyrauxifen-benzyl no plantio precoce e médio foram maiores do que aqueles causados no plantio tardio. As aplicações de herbicida feitas em V2 com 60 g ia ha-1 de florpyrauxifen-benzyl atingem maior fitotoxicidade do que aquelas feitas em V6 ou R0, através das avaliações. No entanto, não houve redução de rendimento. As doses médias que causam 50% dos danos às plantas (ED50) e redução do crescimento (GR50) foram >6 vezes, >4 vezes e 2,7 vezes as doses recomendadas no rótulo (30 g ia ha-1) quando aplicado apenas florpyrauxifen-benzyl, com malathion e com dietholate seguido de piperonyl butoxide, respectivamente. A cultivar pampeira apresentou menor ED50 e GR50 que IRGA 424 RI. A fitotoxicidade do arroz foi maior nos tratamentos em que a temperatura aumentou de 28 / 25ºC para 38 / 36ºC do que naqueles que diminuíram de 28 / 25ºC para 18 / 15ºC nas 24 horas após a aplicação. Mudanças na temperatura sugerem regulação negativa do CYP71A21, OsGSTL3 e OsWALK21.2. Os resultados desses experimentos sugerem que os danos do florpyrauxifen-benzyl ao arroz não causam efeitos negativos duradouros. Pulverizar malathion antes do florpyrauxifeno-benzil não reduz o GR50 e o ED50; entretanto, a adição de dois inibidores (dietholate and piperonyl butoxide) diminui a doses que causam redução de 50% no crescimento, más parece não comprometer a seletividade da cultura. A cultivar pampeira mostrou-se menos tolerante ao florpyrauxifen-benzyl do que a cultivar IRGA 424 RI, más a doses requerida para GR50 foi 2.9 vesses a doses comercial. Um aumento na temperatura antes ou depois do momento de aplicação do florpyrauxifen-benzyl pode aumentar o dano à planta de arroz devido, em parte, à redução da desintoxicação do herbicida da planta.