Dissipação de imidazolinonas em solo de cultivo de arroz irrigado

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Bundt, Angela Da Cas
Orientador(a): Avila, Luis Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5765
Resumo: Os herbicidas utilizados no Sistema Clearfield® de produção de arroz irrigado caracterizam-se por sua elevada mobilidade e persistência no ambiente. A associação de fatores ambientais com as características físico-químicas das moléculas são os principais fatores que conferem tal comportamento a esses produtos. Além do mais, o tipo de irrigação utilizado pelos orizicultores influencia diretamente no comportamento desses herbicidas no solo. O conhecimento da dinâmica dessas moléculas não ocorre de forma pontual, e sim através da análise do comportamento das condições supracitadas. Em vista do exposto, foram conduzidos quatro estudos junto a Universidade Federal de Pelotas nos anos agrícolas de 2010/11 e 2011/12, visando entender os efeitos do ambiente na degradação e transporte de imidazolinonas. O primeiro estudo teve por objetivo avaliar o efeito de diferentes manejos de água de irrigação na lixiviação dos herbicidas imazethapyr, imazapic e imazapyr e suas misturas formuladas (Artigo 1). O segundo estudo objetivou avaliar o escoamento superficial dos herbicidas bispyribac-sodiun, clomazone, imazethapyr, imazapyr, imazapic, penoxsulam e propanil registrados para o arroz irrigado frente a diferentes níveis pluviométricos e seus períodos de ocorrência após a aplicação dos herbicidas (Artigo 2). O terceiro estudo teve como objetivo verificar e entender o efeito da temperatura (15, 25 e 35°C) e da umidade do solo (solo alagado e na capacidade de campo) na degradação dos herbicidas pertencentes ao grupo químico das imidazolinonas (Artigo 3). Finalmente, o quarto estudo objetivou avaliar a taxa de emissão de CO2 de solos coletados em áreas com e sem histórico de utilização do Sistema 9 Clearfield® e tratados com diferentes herbicidas do grupo químico das imidazolinonas (Artigo 4). Os resultados mostraram que a mistura de imazapyr + imazapic apresentou maior lixiviação; enquanto que para os herbicidas testados isoladamente, imazapic foi o que mais lixiviou, seguido do imazethapyr e imazapyr; e, quanto aos manejos de irrigação, o contínuo e intermitente não diferiram entre si e promoveram maior potencial de lixiviação dos herbicidas em detrimento ao solo na capacidade de campo. Quanto a simulação do escoamento superficial (Artigo 2), os herbicidas clomazone e penoxsulam foram os que tiveram maior massa transportada. Tais herbicidas sofreram escoamento superficial foram os submetidos a elevados volumes de precipitação, logo após a aplicação. Com relação à temperatura e umidade do solo na degradação de imidazolinonas (Artigo 3), verificou-se que temperaturas elevadas associadas à anaerobiose do solo promovem maior degradação de imidazolinonas. Finalmente, no que se refere ao histórico de aplicação (Artigo 4), o herbicida imazametabenz apresenta ligeira degradação acelerada em solos com histórico de aplicação de Imazethapyr + imazapic; solos com histórico de aplicação de imazapyr + imazapic inibem a população microbiana apta a degradar imidazolinonas; os demais herbicidas testados não apresentam degradação acelerada em solos com histórico de aplicação de imidazolinonas.