Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Franceschi, Thaís Scolari |
Orientador(a): |
Stefanello, Francieli Moro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10902
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Resumo: |
A hipermetioninemia é uma doença caracterizada pela deficiência ou ausência da enzima metionina adenosiltransferase (MAT). Essa condição resulta em elevados níveis sanguíneos de metionina (Met), assim como de seus metabólitos, dentre eles a metionina sulfóxido (MetO). Os pacientes afetados podem apresentar distúrbios neurológicos e hepáticos envolvendo inflamação e estresse oxidativo, porém a fisiopatologia dessas alterações ainda permanece pouco elucidada. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi investigar o efeito da administração crônica de Met e/ou MetO sobre o fenótipo expresso por macrófagos peritoneais de camundongos jovens, avaliando parâmetros inflamatórios, de estresse oxidativo e do sistema purinérgico. Os animais foram divididos em quatro grupos: I (controle); II (Met); III (MetO) e IV (Met + MetO). Nesse protocolo, os animais receberam uma injeção subcutânea de Met (0,35 - 1,2 g/kg) e/ou MetO (0,09-0,3 g/kg) do 10ο ao 38ο dia de vida, duas vezes ao dia, com intervalo de 8 horas entre as aplicações. Os resultados demonstraram que a Met e/ou MetO induziram um fenótipo de ativação M1/clássico em macrófagos peritoneais, observado através do aumento dos níveis de fator de necrose tumoral α (TNF-α) e de nitrito, bem como redução da atividade da arginase. Além disso, Met e/ou MetO também alteraram a atividade das enzimas antioxidantes superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase, os níveis de tiois totais e as espécies reativas de oxigênio nos macrófagos peritoneais. Por fim, a administração crônica de Met e/ou MetO promoveu alteração na hidrólise dos nucleotídeos de adenina ATP e ADP, observado através do aumento na atividade das ectonucleotidases. Esses resultados demonstraram uma polarização clássica M1/pró-inflamatória dos macrófagos, alterações no status redox e no sistema purinérgico pela exposição crônica aos aminoácidos Met/MetO. Em conjunto, nossos achados podem contribuir para o entendimento das alterações presentes nos pacientes hipermetioninêmicos, e assim auxiliar na busca por novos alvos terapêuticos. |