Coproduto da indústria da vitivinificação na dieta de ovinos como estratégia para mitigação do metano entérico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Grazziotin, Rodrigo Chaves Barcellos
Orientador(a): Corrêa, Marcio Nunes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4675
Resumo: Encontrar maneiras de direcionar o desenvolvimento agrícola e rural buscando atender às exigências econômicas, sociais e ambientais, exige mudanças estruturais de médio e longo prazo, especialmente dentro do contexto agrícola atual. Dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura(FAO) indicam que os ruminantes são as principais fontes de emissões de metano, sendo essencial a busca por estratégias que minimizem este efeito. O objetivo do trabalho foi avaliar a inclusão de coproduto da indústria vitivinícola em dietas para ovinos sobre o desempenho, emissões de metano e a modulação da flora ruminal. O estudo foi conduzido durante um período de 20 dias utilizando-se oito ovinos fêmeas cruza Texel e Corriedale com peso corporal inicial de 33 ± 2,8 kg, alocados ao acaso em baias individuais. Os animais foram divididos em dois grupos atribuindo-se os seguintes tratamentos: controle (CON), representado pelos animais alimentados apenas com dieta basal, e grupo uva (GU), representados pelos animais alimentados com inclusão de bagaço de uva na dieta basal. Os ovinos GU obtiveram melhor conversão alimentar em relação ao CON e menor emissão de metano (p>0,05). Houve uma redução das concentrações de AGCC em ambos tratamentos destacando-se uma redução do proprionato no GU em relação ao controle (p<0,05). Foi possível observar uma diminuição no número de protozoários ruminais.A inclusão do bagaço de uva na dieta base foi eficiente para diminuir as emissões de metano em 14%. O bagaço de uva pode alterar a dinâmica da fermentação ruminal e o perfil de protozoários em benefício ao desempenho animal. Porém ainda deve ser mais estudada sua ação na defaunação ruminal e sua interação com os AGCC a fim de comprovar sua seletividade.