Investigação do impacto da comunicação entre glioma e macrófagos na progressão e quimioresistência tumoral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Azambuja, Juliana Hofstätter
Orientador(a): Braganhol, Elizandra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10830
Resumo: Gliomas são tumores que acometem o sistema nervoso central e compartilham semelhanças com células gliais. O glioblastoma multiforme constitui a forma mais comum e devastadora de tumor cerebral, são instáveis, com grande capacidade de infiltração, angiogênese e resistência à quimioterapia. Alterações no sistema imune e do sistema purinergico têm sido descritas como vias envolvidas na progressão destes tumores, onde um infiltrado inflamatório é correlacionado positivamente com a malignidade e um pior prognóstico para pacientes com glioma. Neste contexto, a relação entre a inflamação, imunidade inata e câncer é aceita; no entanto, muitos dos mecanismos moleculares e celulares que medeiam esta relação continuam obscuros. Portanto, nosso objetivo foi avaliar a polarização de macrófagos, parâmetros de estresse oxidativo, a atividade de ectonucleotidases e a citotoxicidade do ATP em macrófagos expostos ao meio condicionado-glioma (CM) ou cocultivados de maneira direta (CC) com células de glioma sensíveis a temozolomida (TMZ) ou resistentes. O tratamento de macrófagos com CM ou o cocultivo com as células de glioma induziu a polarização á macrófagos tipo-M2, enquanto a comunicação com células resistentes ao TMZ parece ser mais eficaz em induzir um ambiente imunossupressor quando em comparação com células sensíveis ao TMZ. Além disto, macrófagos expostos ao CM ou cocultivados com células GL261TMZ apresentam um aumento significativo da atividade de antioxidante superóxido dismutase, catalase e glutationa peroxidase. Finalmente, a comunicação entre macrófagos e glioma promoveu uma diminuição de atividade ATPásica, ADPásica AMPásica que foi seguido por um aumento da sensibilidade à morte induzida por ATP. Os resultados sugerem uma modulação diferencial dos macrófagos pelas células sensíveis ou resistentes ao TMZ glioma, que podem ser importantes para o desenvolvimento de novas estratégias para superar a quimioresistência.