Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Maria Angela Peter da |
Orientador(a): |
Tambara, Elomar Antônio Callegaro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7682
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Resumo: |
Esta tese tem o objetivo de investigar a cultura escolar das Deutsche Schulen urbanas Collegio Allemão de Pelotas e Collegio Rio-Grandense do Rio Grande, entre os anos de 1912 e 1936. A fundação desses educandários em rotas comerciais da região sul do Rio Grande do Sul foi estratégica em função de os membros das Sociedades Escolares Alemãs mantenedoras desses educandários, serem imigrantes alemães e descendentes, industriais e comerciantes, instalados nas zonas urbanas de Pelotas e Rio Grande. Esta investigação foi realizada a partir dos referenciais da História Cultural, tendo como fontes, os Relatórios Escolares do Collegio Allemão de Pelotas (1912-1933) e do Collegio Rio-Grandense do Rio Grande (1935, 1936). Os procedimentos metodológicos utilizados para a apreensão de dados foram a pesquisa bibliográfica, documental e entrevistas, embasando-se em elementos qualitativos e quantitativos. As Deutsche Schulen urbanas de Pelotas e Rio Grande, fundadas em 1898, eram instituições particulares, mistas, de ensino primário e secundário, por vezes com oito anos, que desenvolviam um duplo currículo alemão-brasileiro, com ênfase no ensino em língua alemã, alfabetizando os alunos nos dois idiomas: Alemão e Português. Ressalta-se a longa permanência dos diretores André Gaile e Reinhard Heuer nas décadas de 1910 e 1920, no Collegio Allemão de Pelotas, em contraposição à alta rotatividade dos professores. Na década de 1910, a escola de Pelotas recebeu subvenção do Reino Alemão. Nas décadas de 1920 e 1930, recebeu visitas de representantes de Sociedades de Alemães no Exterior, de Hamburgo e Berlim, na Alemanha, que enviaram livros, materiais didáticos, professores e incentivavam a correspondência de alunos de Pelotas com alunos alemães. Na década de 1930, a escola do Rio Grande também recebeu visitas e auxílio de autoridades alemãs. O corpus didático-pedagógico dessas instituições veiculou ao Deutschtum, elementos de uma tradição étnica, nas disciplinas de Canto e Literatura, e do nacionalismo alemão, nas disciplinas de Geografia Alemã e História Alemã. Como elementos auxiliares da formação do espírito alemão, incentivava-se o uso da língua alemã nas famílias entre pais e filhos, e o uso e a leitura de livros em alemão, das bibliotecas dos educandários de Pelotas e Rio Grande. Concomitantemente, o currículo em Português fez o contraponto com as disciplinas de Geografia do Brasil e História do Brasil. Neste sentido, o Deutschtum que gestou uma cultura escolar singular nos educandários de Pelotas e Rio Grande, refletiu aspectos do nacionalismo alemão, e foi o resultado da implantação de um projeto alemão, via educação, para alemães no exterior, no sul do Rio Grande do Sul, perdurando em torno de quarenta anos, entre continuidades e rupturas, em consonância com as exigências da Nacionalização do Ensino, no Brasil. |