Caracterização físico-química e avaliação biológica de produtos da castanha-do-Brasil (Bertholletia excelsa H.B.K.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Silveira, Catia da Silva
Orientador(a): Zambiazi, Rui Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3742
Resumo: O reconhecimento da composição e resposta biológica da Castanha-do-Brasil e de seus produtos, oriundos de Laranjal do Jari (AP), levou ao desenvolvimento do estudo referente à avaliação dos parâmetros físico-químicos incluindo a composição proximal e teor de selênio na amêndoa (A) e farinha da castanha (F); e o perfil de ácidos graxos e o conteúdo de tocoferóis, compostos fenólicos e carotenóides no óleo comercial da castanha (O). A avaliação biológica ocorreu em 70 dias, em duas fases, na primeira, 60 ratos (Wistar), recém-desmamados foram distribuídos em 5 grupos: Controle (C), com 12 ratos e dieta AIN-93G (7% de óleo de soja); 30 ratos com dieta Hipercalórica (H) (15% de banha suína); e outros 3 grupos, de 6 ratos, que receberam as dietas com produtos de Castanha: dietas F e A (7% lipídios intrínsecos), e dieta O (7% de óleo regional de castanha). As dietas (C) e (H) continham 17% de proteínas e os demais segundo a AIN- 93G. Nas duas fases, nas dietas (F), (A) e (O), houve supressão de selênio na mistura mineral. Na segunda fase, de 35 dias, as dietas seguiram a AIN-93M (12% de proteína), e os ratos remanescentes, 6 da dieta (C), permaneceram com a mesma dieta (7% de óleo de soja); e os 24 ratos da dieta (H) foram reagrupados (n=6) em quatro dietas Hipercalóricas - 15% de lipídios - HB (15% da banha suína); HA e HF (8% de banha suína e 7% de lipídio intrínseco) e HO (8% de banha suína e 7% de óleo de castanha). Ao final de cada etapa, os órgãos, coração, fígado e rins foram avaliados em relação ao peso corporal. O sangue foi coletado e determinados os níveis de glicose (Gli), colesterol total (CT) e frações, triacilgliceróis (TG) e proteínas totais (PT). A função hepática foi avaliada pelas determinações séricas de enzimas (LABTEST, 1999). O selênio das dietas, plasma e fígado foi determinado por espectrometria de emissão atômica. Análises histológicas dos órgãos foram realizadas por microscopia ótica e eletrônica. Amêndoa e farinha apresentaram, respectivamente, lipídios totais, 60,66±0,61 g.100g-1 e 46,40±1,34 g.100g-1 e selênio, 43,5±0,70 g.g -1 e 41,5±1,10 g.g-1 . Os ácidos graxos oléico (29,83%) e linoléico (42,36%) predominaram no óleo. Foram identificados teores apreciáveis de tocoferóis totais (193,60 ± 4,41 µg.g-1 ), α tocoferóis (52,24 ± 0,85µg.g-1 ),  tocoferóis (141,37 ± 3,56 µg.g-1 ), compostos fenólicos (189,0 ± 1,46 mgGAE.100g-1 ) e carotenóides (35,67 ± 1,30 mg de -caroteno.Kg-1 ). Nas duas etapas, houve ganho de peso e CEA adequados, assim como aumento dos níveis de selênio no plasma e fígado dos animais com as dietas contendo F e A, além de alteração das provas de função hepática e presença de lipídios nos hepatócitos dos alimentados com dietas experimentais. Na primeira etapa, houve manutenção do CT e PT, redução de VLDL-C e TG. A segunda etapa manteve os padrões de normalidade séricas de LDL-C, HDL-C e PT, diminuição de glicose, VLDL-C e TG. O estudo indica a utilização de amêndoa, farinha e óleo da Castanha-do-Brasil como suplemento alimentar, de forma equilibrada.