Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Fagundes, Mari Cristina de Freitas |
Orientador(a): |
Spolle, Marcus Vinícius |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5144
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Resumo: |
Esse estudo tem como objetivo efetuar uma ponte entre o Rap e o sistema de justiça criminal, a fim de questionar algumas verdades produzidas por este através do abordado pelos rapper’s da cidade de Pelotas/Rio Grande do Sul/Brasil. Para isso questionou-se as possibilidades do Rap ser uma forma de resistência ao sistema de justiça criminal, em tempos de liquidez e como componente da sociedade de normalização. Para isso, efetuou-se entrevistas com rapper’s locais, analisando-as juntamente com letras de Rap por eles apontados. Além disso, buscou-se efetuar uma abordagem histórica do Hip-Hop e do Rap desde seu surgimento nos guetos novaiorquinos até seu aporte na cidade de Pelotas. Ademais, fundamentando-se nos estudos de Michel Foucault, bem como nos estudos da Sociologia da Violência e da Conflitualidade, buscou-se articular os dados empíricos com a teoria em questão, abordando enfaticamente os conceitos de “verdade”, “norma”, “poder” “resistência” e “virtualidades”. A metodologia utilizada baseou-se em algumas ferramentas da análise do discurso a partir de Michel Foucault, utilizando-se de entrevistas semiestruturadas para a coleta dos dados. Através da realização das análises, se tornou possível chegar ao discurso de Resistência frente ao sistema de justiça criminal, sustentado pelo Rap local. Além disso, através da análise, chegou-se aos enunciados que apoiam tal discurso, sendo eles: “juventude”, “viver na neblina” e “virtualidades”. Com isso, evidencia-se a música como um artefato cultural potente para repensar algumas verdades estabilizadas na sociedade contemporânea produzidas no e pelo direito e reproduzidas socialmente, apontando-se a necessidade de ouvir alguns “saberes sujeitados” para pensar outras verdades também pulsantes na sociedade atual. |