Manejo nutricional e práticas de raleio como estratégias para o aumento da produtividade e qualidade dos frutos de Prunus persica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Barreto, Caroline Farias
Orientador(a): Antunes, Luis Eduardo Corrêa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14580
Resumo: Redução de custos e aumento de eficiência são os desafios do setor produtivo para as próximas décadas. Como estratégias para aumentar a produtividade dos pomares e a qualidade dos frutos de pessegueiros na região sul do Brasil, duas práticas podem ser utilizadas para melhorar o redimento cultural e econômico: o raleio dos frutos e o manejo da nutrição das plantas. Neste sentido, objetivou-se com o presente trabalho avaliar novas técnicas de raleio de frutos e o manejo da nutrição de plantas, buscando eficiência produtiva e a manutenção da qualidade de Prunus persica. Para tanto os ensaios realizados são apresentados em oito artigos, a seguir descritos. O artigo 1 intitulado “Mechanical flower thinning in peach trees” teve como objetivo avaliar o efeito do raleio mecânico em flores de pessegueiros com distintos equipamentos. Verificou-se que produção dos pessegueiros foi alterada pelo raleio mecânico das flores e os equipamentos Carpa Electro® e derriçadeira são eficientes para realizar o raleio mecânico, além de reduzir o tempo de execução desta prática. O artigo 2, “Raleio mecânico como alternativa no cultivo de pessegueiros”, avaliou a eficiência do raleio mecânico com os equipamentos Carpa Electro® e derriçadeira em frutos e flores de pessegueiros. Observou-se que os equipamentos testados foram eficientes em realizar o raleio e reduzem o tempo da execução desta operação. O raleio manual de frutos e o raleio mecânico de flores com o equipamento derriçadeira proporcionaram o aumento da produção por planta e o aumento do diâmetro dos frutos. O artigo 3, “Raleio mecânico de frutos e flores em pessegueiros” teve como objetivo testar a eficiência de dois dispositivos mecânicos no raleio de frutos e flores em pessegueiros e a influencia nas características de produção e qualidade dos frutos. Constatou-se que o raleio mecânico associado com o raleio manual nos pessegueiros demonstrou ser uma alternativa viável ao raleio manual de frutos. Ambos os equipamentos testados podem ser utilizados para a realização do raleio em pessegueiros, pois não alteram os índices produtivos e qualidade dos frutos. O artigo 4, “Adubação nitrogenada na produtividade e composição mineral de genótipos de pessegueiros” teve como objetivo avaliar o efeito da adubação nitrogenada de manutenção na composição mineral das folhas, no desenvolvimento das plantas e na produção de diferentes genótipos de pessegueiros cultivados em alta densidade de plantio. Não foi possível definir a melhor dose de N, pois até a dose de 180 Kg ha-1 de N foi insuficiente para obter o máximo rendimento. O incremento das doses de N aumenta o teor do N nas folhas e a adubação nitrogenada não altera os teores foliares de potássio, cálcio e magnésio. O artigo 5, “Nitrogen fertilization associated with cold storage and its impacts on the maintenance of peach quality” avaliou o efeito da combinação de doses de adubação nitrogenada e de diferentes períodos de armazenamento refrigerado nas características físico-químicas e fitoquímicas de pêssegos na pós-colheita. Os compostos fenólicos e atividade antioxidante decrescem com o incremento de nitrogênio no solo, bem como durante o avanço dos dias de armazenamento. O artigo 6, “Adubação potássica e seu impacto na produção e composição mineral de pessegueiros” teve por objetivo avaliar os parâmetros produtivos de pessegueiros submetidos às distintas doses de adubação potássica e estabelecer o nível crítico deste nutriente no solo e nas folhas. A adubação potássica aumentou os teores de potássio nas camadas de 0-10 e 10-20 cm de profundidade do solo, bem como nas folhas dos pessegueiros. A produtividade dos pessegueiros responde à aplicação de potássio e o nível crítico estabelecido entre a produção e o teor foliar foi de 28,4 g kg-1 de K nas folhas dos pessegueiros. O artigo 7, “Effect of potassium fertilizers associated with cold storage on peach quality” teve como objetivo avaliar o efeito da combinação de doses de adubação com K e diferentes períodos de armazenamento nas características físico-químicas e fitoquímicas de pêssegos. As doses de 40 e 160 kg ha-1 K2O proporcionaram altos teores de compostos fenólicos e atividade antioxidante, mas a dose de 160 kg ha-1 K2O reduz a perda de massa após 20 + 1 dias de armazenamento. A firmeza da polpa, compostos fenólicos, atividade antioxidante e carotenóides dos pêssegos decrescem durante o armazenamento a frio. O artigo 8, “Fertilização orgânica e carga de frutos na composição mineral, produção e qualidade de nectarinas na Itália” teve como objetivo avaliar a eficiência de adubos orgânicos em duas cultivares de nectarinas com carga alta e baixa de frutos, para verificar seu efeito no solo, no estado nutricional das plantas e nos índices produtivos. O esterco bovino e o composto alteram as concentrações de amônio e nitrato no solo. A adubação orgânica não influenciou a produção por planta, número de frutos por planta, massa dos frutos e sólidos solúveis nas duas cultivares. Os resultados obtidos neste trabalho configura uma oportunidade de consolidar novas práticas de raleio e de manejo nutricional das plantas, como uma resposta tecnológica para atender a cadeia produtiva de Prunus persica.