Atividade física e câncer de mama: um estudo de caso-controle no sul do Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Brizio, Maria Laura Dutra Resem
Orientador(a): Domingues, Marlos Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação Física
Departamento: Escola Superior de Educação Física
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6490
Resumo: O câncer de mama é o segundo tipo mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres, respondendo por 25% dos casos novos de câncer a cada ano. A atividade física (AF) pode reduzir o risco do câncer de mama principalmente através do seu efeito sobre os hormônios sexuais, a resistência à insulina, as adipocinas e a inflamação crônica. O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre a prática de AF durante toda a vida e a incidência do câncer de mama em mulheres. Trata-se de um estudo de caso-controle. Foram incluídas no estudo mulheres com câncer primário na mama pré e pós-menopáusicas e mulheres diagnosticadas com câncer de mama há até um ano. As mulheres que apresentaram recorrência do câncer na mama, metástase na mesma ou apresentaram outro tipo de câncer foram excluídas do estudo. Os casos foram recrutados dos centros de oncologia da cidade de Pelotas (RS) e foram identificados através dos prontuários dos estabelecimentos que participaram do estudo. Cada caso teve um controle populacional que foi encontrado a partir do endereço do caso, este sendo coletado no momento da entrevista. Casos e controles foram pareados por idade (5 anos) e responderam ao questionário contendo questões sobre características sociodemográficas, reprodutivas, antropométricas, histórico familiar de câncer de mama, uso de contraceptivo oral, terapia de reposição hormonal, dieta, fumo, consumo de álcool, prática de AF e barreiras para a prática de AF. Os achados do estudo mostram que mulheres com câncer de mama apresentaram maior número de barreiras para a prática de AF em comparação às mulheres sem câncer de mama. Além disso, amamentação, menarca após os 12 anos e a AF de lazer foram consideradas fatores de proteção para o câncer de mama, sendo esta proteção de 78%, 82% e 56%, respectivamente. Futuros estudos na área de oncologia e AF devem procurar entender melhor as rotas fisiológicas que possam explicar mais como o estilo de vida ativo atua sobre esta doença, auxiliando na compreensão de quantidades e intensidades necessárias para que se obtenham os benefícios. Da mesma forma, mais estudos longitudinais com mensuração objetiva da AF são necessários para que se diminuam possíveis erros de classificação.