Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Eyng, Célio Roberto |
Orientador(a): |
Damiani, Magda Floriana |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7739
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Resumo: |
Esta tese objetivou o estudo dos aspectos constitutivos da imagética musical e seus mecanismos de funcionamento na criação de solos instrumentais. Compreendendo a imagética musical como um conjunto de representações mentais ativado quando uma pessoa está imaginando musicalmente e pautando-se na ideia de que a imaginação humana se estrutura de uma maneira sistêmica e semântica, defendeuse a tese de que os schemas – massas organizadas de experiências nas quais cenários cognitivos tomam forma, na mente das pessoas, permitindo o processamento de informações – forneceriam o substrato necessário à subversão, pelo músico, dos padrões sonoro-musicais internalizados em um contexto cultural, em prol de uma amalgamação criadora. O tripé metodológico da pesquisa englobou a realização de pesquisa teórico-conceitual, a partir da discussão sobre os discursos que constroem e descontroem o conceito de imagética musical, no campo das Ciências Cognitivas e dois estudos empíricos: um estudo exploratório inicial, baseado em autoanálise e um estudo de casos múltiplos, com outros quatro músicos. Embasando-se na perspectiva histórico-cultural e no paradigma indiciário de investigação, analisou-se o jogo entre as forças apolíneas do aprendizado teórico e as forças dionisíacas do “tirar música de ouvido” atuando na formação dos músicos investigados. Entendendo a imagética musical como um efeito da prática e do aprendizado musicais, identificaram-se três schemas principais que estruturam a imagética dos músicos: o schema das características sonoras de um estilo musical (schema estilístico), o schema das ações e percepções envolvidas na prática musical (schema procedimental) e o schema da eficácia simbólica. A partir de uma abordagem semântica, investigaram-se os aspectos multimodais que constituem a imagética dos músicos. Assim, visando a conservação de unidades integrais de análise que englobam as características visuais, sonoras, motoras etc. em conjunto com os processos de significação, foram identificados dois modelos multimodais principais: o modelo escala-acorde e o modelo sonoridade-sentimento. Analisandose os dados, chegou-se à conclusão de que o modelo escala-acorde costuma ser utilizado pelos sujeitos da pesquisa mais influenciados pelas forças apolíneas do aprendizado teórico e que o modelo sonoridade-sentimento costuma ser utilizado pelos músicos sujeitos mais influenciados pelas forças dionisíacas do “tirar música de ouvido”. |