Performances narrativas de minorias sociais nos novos letramentos digitais: empoderamento de LGBTs no canal Muro Pequeno

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Bazerque, Aline de Lima
Orientador(a): Freitas, Letícia Fonseca Richthofen de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Centro de Letras e Comunicação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3606
Resumo: Em tempos de globalização nos quais pesquisas positivistas e estudos modernistas são questionados, a concepção de sujeito social como homogêneo e preexistente aos discursos que lhe atravessam parece não dar conta das discussões e reflexões que surgem sobre identidades de gênero (MOITA LOPES, 2006). Por conseguinte, faz-se necessário olhar para essas diversas identidades de gênero como fragmentadas, heterogêneas, fluidas e em processo de construção contínuo (HALL, 2000) através de performances discursivo-identitárias (PENNYCOOK, 2006; BUTLER, [1990]2003). Sendo o homem branco cisgênero e heterossexual classificado como padrão dominante, esse trabalho tem por objetivo principal analisar performances discursivas de pessoas LGBTs para compreender de que forma os novos letramentos digitais impulsionam a compreensão e o empoderamento de identidades de gênero e sexualidade desviantes do padrão. Para isso, busco suporte teórico em uma Linguística Aplicada Indisciplinar e no socioconstrucionismo propostos por Moita Lopes (2002, 2006, 2013a, 2013b), nas performances e performatividades elucidadas por Pennycook (2006), nas teorias queer (BUTLER, 1993, 2003) e no entendimento de novos letramentos digitais discutido por Knobel e Lankshear (2007), Lemke (1998) e Moita Lopes (2010). Ao gerar e analisar os dados, apoio-me em uma etnografia virtual (HINE, 2000), realizando observações etnográficas e entrevistas narrativas via redes sociais virtuais com LGBTs, analisadas segundo as pistas indexicais de Wortham (2001). A pesquisa aponta para o empoderamento de LGBTs a partir da mobilidade e da coletividade na construção de discursos que a Web 2.0 e a 3.0 possibilitam ao disponibilizarem informação e propiciarem a comunicação.