Resposta de azevém (Lolium multiflorum Lam.) à elevada concentração atmosférica de CO2 e da aplicação de herbicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Palacios-Zuñiga, Roque Mauricio
Orientador(a): Avila, Luis Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8362
Resumo: No sul do Brasil, o azevém destaca-se como uma cultura de cobertura do solo e como uma forrageira importante, em especial em terras baixas. Por outro lado, em cultivos agrícolas é considerada uma planta daninha, sendo problemática na présemeadura da soja e do arroz apresentando resistência a herbicidas. Além disto, estudos mencionam que esta espécie possui compostos alelopáticos com ação supressora de plantas daninhas que podem prejudicar também a emergência das plântulas do cultivo de arroz (Oryza sativa L.) que é um dos principais cereais presentes na alimentação humana. Há uma preocupação de como será o comportamento desta espécie frente às mudanças climáticas globais e como isso afetará seus aspectos positivos e negativos, necessitando-se conhecer como as plantas respondem fisiológica e fenotipicamente ao aumento da concentração de CO2 atmosférico. Assim, este trabalho teve como objetivos: avaliar as alterações fenotípicas e os efeitos sobre o crescimento e a reprodução do azevém (Lolium multiforum Lam.) cultivado em uma atmosfera com elevada concentração de CO2 (700 ppm), assim como, investigar o efeito alelopático de plantas de azevém dessecados com herbicidas, na sequente semeadura de arroz em sucessão com a pastagem. Para isto, foram conduzidos experimentos em câmaras de topo aberto (OTC – Open Top Chamber) onde as plantas de azevém e arroz foram cultivadas com duas concentrações de CO2 400 ppm (atual) e 700 ppm (cenário de mudanças climáticas ano 2050). Os resultados mostram que plantas de azévem cultivadas em elevada concentração de CO2 apresentam aumento no perfilhamento e na cobertura vegetal, no entanto, menor estatura, e redução na quantidade de grãos produzidas, sem alteração da qualidade nutricional da forragem. Em relação a interação com herbicidas usados na dessecação para a semeadura de arroz irrigado, o glufosinato na dessecação de azevém cultivado em elevado CO2 reduz a germinação de semente de arroz.