Uma análise discursiva sobre o repetível: as manifestações intervencionistas de 2020/2021 e os saberes da ditadura militar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Dias, Jenifer da Silva
Orientador(a): Ernst, Aracy Graça
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9874
Resumo: A aproximação dos saberes entre o regime ditatorial militar e as manifestações intervencionistas após as eleições de 2018 colocam em jogo o repetível na ordem da história e do discurso. Em vista disso, trabalhamos ao longo do presente trabalho com as relações entre a censura, o controle dos Aparelhos Ideológicos de Estado e a constituição da memória social brasileira, a qual, por recalcar os dizeres oposicionistas à ditadura, reforçam um imaginário positivo associado aos militares que permite a repetição da reivindicação por intervenção militar. Ao fazermos o batimento entre os enunciados da Marcha da Família com Deus e pela Liberdade de 1964 e das manifestações intervencionistas de 2020/2021, percebemos a regularidade dos atravessamentos do anticomunismo nos enunciados, de forma que, no percurso análitico, percebemos a reatualização dos elementos da Formação Discursiva Anticomunista alinhada aos movimentos que visam a intervenção militar. Nossa pretensão, ao longo deste trabalho, é proceder a uma reflexão sobre a fragilidade de nossa democracia que coloca em jogo, diante das crises políticas, a possibilidade de instauração de um regime militar, o que corrobora com a afirmação de que as marcas da ditadura militar seguem fazendo eco na prática política brasileira e seus sentidos seguem permanentemente em disputa.