Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Indyra Faria de |
Orientador(a): |
Rosa, Ana Paula Schneid Afonso da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Entomologia
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5341
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Resumo: |
A lagarta do cartucho do milho, Spodoptera frugiperda é uma espécie polífaga que pode se alimentar de mais de 80 espécies de plantas, incluindo culturas de importância econômica e social, como o milho, algodão e arroz. Apesar de ser uma praga amplamente estudada, é de difícil controle, o que se deve principalmente à complexidade genética da espécie. S. frugiperda possui biótipos, com elevado poder de dispersão e alto poder adaptativo a diversos hospedeiros em estádios fenológicos variados, o que favorece o movimento e sobrevivência dessa praga durante todo o ano, causando o efeito de “ponte verde”. Portanto, é importante selecionar racionalmente plantas hospedeiras adequadas que possam minimizar o efeito da “ponte verde” em resposta à variabilidade genética da espécie. Entender esses caracteres bioecológicos como uma unidade, pode ajudar a prever diferentes respostas fisiológicas e comportamentais do inseto que podem favorecer os programas de MIP, especialmente no que diz respeito à indução / inibição de enzimas de detoxicação, que é um dos principais mecanismos de metabolização de xenobióticos, também envolvido na detoxificação de inseticidas. Diante do exposto, a fim de investigar estratégias de manejo proativo, este estudo teve como objetivo avaliar i) a atividade de enzimas de desintoxicação e ii) a suscetibilidade a inseticidas químicos de populações de S. frugiperda de diferentes agroecossistemas em cultivos de verão e inverno simulando o efeito de “ponte verde”. Para a avaliação da eficiência de inseticidas a mortalidade em cada tratamento foi corrigida em relação a testemunha pela fórmula de Abbot (1925), o efeito sinérgico com inseticidas foi avaliado utilizando-se os inibidores DEF e DEM. A atividade de ambas enzimas foi significativamente maior na população Pelotas, do que na população Cascavel. A eficiência dos inseticidas na população Pelotas, foi constante sob o efeito da “ponte verde” testada, no entanto, a população Cascavel aumentou significativamente a eficiência de controle após passar pelo cultivo de inverno (aveia). O uso de sinérgicos não foi efetivo na população Cascavel, mas foi na população Pelotas. As diferenças encontradas podem ser decorrentes do custo adaptativo, do desenvolvimento da resistência em relação ao alimento e aos inseticidas, da intensidade da pressão de seleção e até mesmo do biótipo, portanto o efeito da “ponte verde”, surge como um somatório de variáveis bióticas e abióticas em que a população está inserida. |