Variabilidade de portaenxertos de pessegueiro: efeitos sobre o crescimento inicial dos seedlings e nos caracteres bioagronômicos das cultivares Chimarrita e Maciel.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Almeida, Cíntia Borges
Orientador(a): Bianchi, Valmor João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/3013
Resumo: As razões que justificam o uso de portaenxertos na fruticultura são a possibilidade de usar cultivares resistentes à pragas e doenças de solo, que induzam maior produção e a adaptação das cultivares copa. Sendo assim, é imprescindível conhecer as características bioagronômicas das diferentes combinações cultivar copa/portaenxerto, a fim de proporcionar melhor produção e qualidade de frutos, e com maior eficiência produtiva. O presente trabalho teve como objetivo avaliar através de caracteres bioagronômicos, o vigor, a produtividade e a qualidade dos frutos de duas cultivares de pessegueiro enxertadas sobre portaenxertos distintos, em condições de cultivo da região de Pelotas/RS. Além disso, pretende identificar a variabilidade de seedlings de portaenxertos de pessegueiro através da influência da estratificação na germinação, emergência e crescimento inicial das plântulas em casa de vegetação e à campo. Foram realizados dois experimentos, ambos divididos em dois ensaios. Experimento 1- o ensaio 1 foi conduzido a campo com cultivar copa Chimarrita (plantada em 2003) enxertada sobre ‘Okinawa clone 1’, ‘Tsukuba 1’, ‘Capdeboscq’, ‘GF 305’ e ‘Aldrighi’. Foram avaliados diâmetro do tronco e altura das plantas, número de frutos por planta, produção por planta, massa média dos frutos, produtividade estimada, eficiência produtiva, classificação dos frutos por categoria (I, II e III) e teor de sólidos solúveis. Não registrou-se diferenças significativas por efeito dos portaenxertos quanto ao desenvolvimento vegetativo, porém o portaenxerto ‘Okinawa clone 1’ proporcionou maior rendimento por hectare na cv. ‘Chimarrita’, na região de Pelotas/RS. O ensaio 2 também foi conduzido à campo com a cultivar copa Maciel (plantada em 2005) enxertada sobre ‘Aldrighi’, ‘Indústria’, ‘Okinawa clone 12’, ‘Capdeboscq’, ‘Nemaguard’, ‘Tsukuba 1’, ‘Okinawa clone 1’, e ‘Rubira’. O trabalho foi realizado nas mesmas condições do ensaio 1, com as mesmas variáveis respostas. As plantas quando enxertadas com o portaenxerto ‘Aldrighi’, mostraramse mais produtivas. Com a combinação ‘Maciel’/’Okinawa clone 1’ obteve-se frutos com maior teor de sólidos solúveis. Experimento 2- o ensaio 1 constou da estratificação a 4ºC, por 60 dias, de sementes de 10 portaenxertos de pessegueiro, para avaliação da porcentagem de germinação. A seguir, realizou-se a semeadura em casa de vegetação, e após 30 dias avaliou-se a porcentagem de emergência e 6 desenvolvimento dos seedlings dos 10 genótipos [‘Umecha’, ‘Tsukuba’ (clones 1, 2 e 3), ‘Okinawa roxo’, ‘Seleção NR-0170302’, Okinawa F3’, ‘Flordaguard’, ‘Okinawa clone11’ e ‘Tsukuba F3’]. Não verificou-se diferenças no percentual de germinação e emergência dos 10 portaenxertos e as plântulas de ‘Okinawa clone 11’ e ‘Tsukuba F3’ foram as que tiveram o menor vigor inicial nos primeiros 30 dias após a emergência, em casa de vegetação. O ensaio 2 foi conduzido a partir de 7 dos 10 portaenxertos do ensaio 1 [Tsukuba (clones 1, 2 e 3), ‘Seleção NR-0170302’, Okinawa F3, Okinawa clone11 e Tsukuba F3], realizado à campo no Centro Agropecuário da Palma de Junho a Janeiro de 2013. Avaliou-se o diâmetro de tronco e altura das plântulas. Pode-se concluir que os seedlings dos portaenxertos ‘Tsukuba 1’ e ‘Seleção NR-0170302’ são os que apresentam o maior vigor inicial a campo, em relação aos demais portaenxertos avaliados.