Ocorrência, mitigação e degradação de produtos fitossanitários na água, ar e solo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Schreiber, Fábio
Orientador(a): Avila, Luis Antonio de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8679
Resumo: A agricultura esta entre as principais atividades econômicas no Rio Grande do Sul (RS), onde as culturas da soja, milho e arroz são as principais espécies cultivadas durante o verão e o trigo durante o inverno. Os benefícios econômicos da agricultura são inquestionáveis, contudo, esse setor é também responsável por contaminação ambiental, principalmente devido ao manejo incorreto dos agrotóxicos, representando riscos para a qualidade da água e do ar. O processo de degradação tem função importante de atenuar os efeitos ambientais dos compostos orgânicos, sendo esse chave no destino ambiental dos contaminantes. Assim, os objetivos deste trabalho foram: (i) monitorar a ocorrência de 97 agrotóxicos na atmosfera em áreas rurais e urbanas em seis diferentes regiões geográficas no Estado do Rio Grande do Sul (Artigo I); (ii) monitorar a presença de 97 agrotóxicos na água utilizada para consumo humano em seis diferentes regiões geográficas no Estado do Rio Grande do Sul (Artigo II); (iii) avaliar a eficiência de diferentes métodos de tratamento de água residencial na remoção de 13 agrotóxicos com características físico-químicas distintas (Artigo III); e (iv), avaliar a taxa de degradação do herbicida fluazyfop-P-butyl e a taxa de formação e degradação de seus principais metabólitos em três diferentes solos dinamarqueses (Artigo IV). Com os resultados obtidos foi possível concluir que pelo menos um agrotóxico foi detectado em 60% das amostras de ar. Os mais frequentemente detectados foram chlorpyrifos, fenpropathrin, atrazine e azoxystrobin. Os agrotóxicos com maiores concentrações nas áreas rurais foram chlorpyrifos, fenpropathrin, malathion e atrazine, com concentração máxima de 75,8, 73,4, 27,8 e 20,2 ng m−3, respectivamente. Nas áreas urbanas chlorpyrifos e fenpropathrin foram os mais frequentemente detectados com concentração máxima de 16,9 e 15,6 ng m−3, respectivamente. Com relação presença de agrotóxicos na água de consumo, pelo menos um agrotóxico foi detectado em 100% das amostras. Os mais frequentemente detectados foram atrazine, azoxystrobin, carbendazim e imidacloprid. Os agrotóxicos com maiores concentrações nos rios e lagos foram azoxystrobin e 2,4-D, com a máxima de 14,3 and 1,94 μg L−1, respectivamente. Na água da torneira propanil, 2,4-D, quinclorac e bentazone apresentaram as maiores concentrações, sendo a máxima de 4,11, 3,78, 2,57 e 1,45 μg L−1, respectivamente. Com relação aos diferentes métodos de tratamento de água residencial, carbono ativado e osmose reversa foram 100%eficiente na remoção de agrotóxicos, seguido por resina de troca iônica e ultravioleta. Filtros de membrana, em geral, mostraram baixa eficiência, portanto, não são recomendadas para esse propósito. A degradação de fluazifop-P-butyl, em laboratório e sobre condições aeróbicas revelou que esse tem baixa persistência no solo. A sequência de degradação é: fluzifop-P-butyl, fluazifop-p, composto IV e composto X. Fluazifop-p é o principal produto da degradação, enquanto o composto IV é o com menor concentração e o composto X, o mais persistente.