Comida não se colhe, se clica: um estudo da rede de comercialização virtual Bem da Terra da cidade de Pelotas/RS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lucas, Leon Mclouis Borges de
Orientador(a): Leite, Elaine da Silveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociologia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6540
Resumo: O presente trabalho se propõe a estudar a Feira Virtual Bem da Terra, utilizando como base sua plataforma Cirandas. Dessa forma, tem-se como objetivo compreender como se estrutura a Feira Virtual Bem da Terra em um ambiente on screen e quais são e como se comportam as racionalidades existentes nela – entre o período de abril a junho do ano de 2020. É utilizado neste trabalho o conceito de racionalidades proposto por Zelizer, em que crenças, valores, cálculos e afetos são presentes em transações econômicas e afetam diretamente as tomadas de decisões. Quanto à metodologia, usa-se o protocolo de pesquisa qualitativo. Pode-se, ainda, observar que este estudo se justifica por se tratar de uma nova estrutura de comercialização, a das feiras virtuais, em que o ato de ―fazer a feira” se diferencia da feira de rua tradicional. Parte-se, então, da seguinte premissa: ―comida não se colhe, se clica”. Portanto, ao observarmos os múltiplos aspectos presentes em nossa incursão ao site da Feira Virtual Bem da Terra, percebemos não só que a mesma configura um novo “fazer a feira”, uma nova forma de mercado que acompanha as mudanças da sociedade e se modula às mesmas. Ainda, com a criação de macro e micro categorias de uma realidade ―na tela‖ notamos que esferas “econômica” e “política”, não podem ser separadas uma da outra. Com o advento das tecnologias da informação, surge outra esfera a permear o objeto de estudo, a esfera “técnica” que também não pode ser desvinculada das demais. Desta maneira, um novo “fazer a feira”, seja em seus aspectos de quebrar padrões em uma economia baseada em princípios solidários ou ao assumir um ambiente virtual, estaria disposta tal configuração não por necessidades puramente econômicas, mas envoltas em um todo, o social.