Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Acosta, Riuler Corrêa |
Orientador(a): |
Zefa, Edison |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Entomologia
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Departamento: |
Instituto de Biologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5368
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Resumo: |
O comportamento de acasalamento dos grilos inclui diferentes canais de comunicação, como antenação, vibração do substrato, e a produção de som pelos machos. As fêmeas, por sua vez, escolhem os machos pelas informações obtidas durante o chamado e corte. Diante dessa perspectiva, tanto a comunicação acústica quanto o comportamento de acasalamento dos grilos carregam forte valor adaptativo, e estudar esses processos possibilita levantar questões práticas e teóricas sobre os comportamentos relacionados aos processos de seleção sexual. O objetivo do trabalho foi descrever o comportamento de acasalamento e o repertório acústico de duas espécies de grilos Phalangopsidae (Orthoptera, Ensifera), e testar a influência do som de corte no sucesso reprodutivo dos machos. Os grilos Adelosgryllus rubricephalus Mesa & Zefa, 2004 foram coletados no Parque Nacional do Iguaçu, Paraná-PR e Endecous (Notendecous) onthophagus (Berg, 1891) no túnel de trem abandonado na Colônia Maciel, Pelotas- RS. Os grilos foram mantidos em terrários, com fotofase e escotofase durando 12h cada, umidade relativa de 50%, temperatura de 21ºC±1, e alimentados com ração para peixes. Os indivíduos utilizados nos encontros foram mantidos individualmente até a fase adulta, e os encontros foram realizados em arenas de vidro, com fundo de areia. O comportamento de acasalamento de E. onthophagus apresenta duas fases distintas durante o cortejo, sendo a de pré-eversão e a de pós-eversão, separadas pelo momento da eversão do espermatóforo. Na primeira ocorre antenação e estridulação, e a segunda é marcada por eversão e recolhimento do espermatóforo, bem como antenação e estridulação. A espécie possui três sons no repertório, o de chamado, corte e agressividade. Suas frequências variam de acordo com a interação, indicando especificidade. O som de chamado apresenta 4,4±0,4 (4,3–4,4) kHz de frequência dominante; o som de corte 5,0±0,2 (4,5–5,4) kHz de frequência dominante, não apresentando diferenças entre os momentos de pré e pós-eversão; e o de agressividade que varia de acordo com o nível de hierarquia, com machos dominantes obtendo: 5±0,3 (4,6–6,1) kHz de frequência dominante, e subordinados com 5,6±0,5 (4,9–6,6) kHz de frequência dominante. O som de corte de E. onthophagus se mostra necessário para que o macho tenha sucesso em copular, considerando que machos com as tégminas amputadas tiveram um menor número de cópulas quando comparado com machos que emitiam sons. Em A. rubricephalus o som se mostra indiferente para a cópula, visto que machos que não emitiram sons tiveram a mesma porcentagem de cópulas que machos que produziram sons e com playback. O som de corte de A. rubricephalus apresenta funções de atração a curta distância, demonstrando que as fêmeas seguem em direção ao som de corte quando emitido em playback a curtas distâncias. |