Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Maske, Tamires Timm |
Orientador(a): |
Cenci, Maximiliano Sérgio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
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Departamento: |
Faculdade de Odontologia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3543
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Resumo: |
O biofilme está diretamente relacionado a etiologia da doença cárie. Metodologias que permitem investigar as interações presentes no conjunto formado pelo tecido dental e biofilme cariogênico são essenciais para o avanço em pesquisa pré-clínica. O objetivo desse trabalho foi i) realizar uma revisão sistemática sobre modelos de biofilme para cárie dental avaliando seus aspectos metodológicos, risco de viés, reprodutibilidade e e validação dose-resposta à anticariogênicos ou antimicrobianos; ii) desenvolver um modelo complexo de biofilme de microcosmos, em um simulador multifuncional de cavidade oral (MOCS). Pubmed, Isi Web of Science e Scopus foram consultadas para inclusão de artigos em inglês de 1990 até 2015. Foram selecionados 381 artigos e 59 artigos foram incluídos para a revisão. Conclui-se que diversos são os modelos de biofilme disponíveis para pesquisa relacionada a cárie dentária, no entanto, a maioria deles carecem de experimentos de validação como dose-resposta e reprodutibilidade para cada protocolo proposto. Para o estudo in vitro, os biofilmes foram formados sobre discos de esmalte, tendo como inóculo saliva humana. Realizou-se 3 experimentos independentes em que os biofilmes foram crescidos por até 21 dias. O 1º e o 2º experimento relacionaram-se ao desenvolvimento do modelo [adequação do protocolos experimentais (PE) 1 e 2] e o 3º para validação dose-resposta à clorexidina (CLX) e avaliação da reprodutibilidade do modelo. Para PE1 utilizou-se regime intermitente de 10% sacarose (1,2 mL/min, 5 min, 5x/dia) em associação a fluxo contínuo de saliva artificial (DMM, 0,04 mL/min), e os biofilmes foram crescidos por até 14 dias. Para o PE2 utilizou-se DMM em fluxo contínuo (0,06 mL/min) e 5% sacarose (0,25 mL/min, 6 min, 3X/dia) e houve crescimento por até 21 dias. Nos tempos experimentais de 4, 7, 14 ou 21 dias, amostras microbiológicas e minerais foram coletadas (n=10) e as variáveis de resposta estudadas foram: porcentagem de perda de dureza superficial, perda de dureza integrada e contagem de unidades formadoras de colônias microbianas (UFC). Para o experimento 3, utilizou-se o PE2 e os biofilmes foram crescidos por 7 dias em associação a aplicação de 5ml de Clorexidina em diferentes concentrações: 0,012%, 0,03%, 0,06%, 0,12% (n=10) e solução salina como controle (2x/dia a cada 12 h, a partir de 24 h do inóculo). Para esse experimento as variáveis de resposta foram obtidas por porcentagem de perda mineral de superfície e por composição microbiológica do biofilme. Dados do controle foram comparados aos dados do PE2 para avaliação da reprodutibilidade. Ambos PE 1 e 2 desencadearam perda mineral em esmalte e aumento dos micro-organismos acidúricos e lactobacilos em 7 dias de experimento (p < 0,05). Existiu dose-resposta à perda mineral e a microorganismos totais e mutans, assim como correlação positiva e significativa entre os valores minerais e microbiológicos. Por permitir o crescimento de um biofilme cariogênico e por desencadear desmineralização do esmalte e dose-resposta a CLX, a MOCS parece ser um recurso laboratorial válido para pesquisas pré-clínicas relacionadas a cárie dentária. |