Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Trecha, Calisc de Oliveira |
Orientador(a): |
Mauch, Carlos Rogério |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sistemas de Produção Agrícola Familiar
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4153
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Resumo: |
A batata é reconhecida mundialmente como importante fonte de energia na alimentação humana. Seu cultivo no Rio Grande do Sul predomina em pequenas e médias propriedades sobretudo em sistemas de base ecológica. A presença de insetos limita o estabelecimento da cultura. E Diabrotica speciosa tem se destacado por interferir significativamente na produção, haja vista sua capacidade em se alimentar de folhas e tubérculos em todas as fases de seu ciclo de vida. A espécie Tagetes minuta caracterizada como planta espontânea é rica em metabólitos secundários, os quais têm manifestado eficiência para o manejo de diversos insetos. O objetivo desse estudo foi avaliar a contribuição da espécie T. minuta no manejo agroecológico de D. speciosa em cultivos de batata. Os experimentos foram realizados em laboratório, estufa e campo, utilizando-se diferentes subprodutos (óleo essencial e extratos aquosos) e a própria planta T. minuta seca e fresca como tratamentos para o manejo do inseto. Inicialmente, avaliou-se em laboratório o consumo alimentar de adultos de D. speciosa através de testes sem e com chance de escolha do alimento. Os insetos foram alimentados com discos foliares de batata tratados com diferentes concentrações do óleo essencial de T. minuta a 1% v/v, 0,50 % v/v, 0,25% v/v, 0,20% v/v e 0,15% v/v e com extratos aquosos obtidos da planta inteira seca e fresca e de flor seca e fresca de T. minuta nas diluições a 5% e v/v 20% v/v. Foram utilizados como controle água destilada e óleo de nim 1% v/v. Posteriormente, também em laboratório avaliou-se o desenvolvimento de larvas de D. speciosa, inoculadas em tubérculos de batata envolvidos por partes de planta de T. minuta. Os tratamentos foram a testemunha, 6 g de planta inteira seca, 6 g de flor seca e 12 g de planta inteira fresca. Este experimento foi reproduzido em estufa e no campo, com a finalidade de avaliar a produtividade e os caracteres agronômicos dos tubérculos, sendo utilizado o dobro da quantidade de cada tratamento. Os resultados obtidos evidenciaram que o óleo essencial a 0,25%, foi o mais promissor para redução no consumo alimentar de D. speciosa, assim como todos os extratos aquosos na concentração a 20%. Flores secas ocasionaram mortalidade de 100% de larvas, ao passo que a planta inteira fresca reduziu a emergência de adultos, a longevidade das fêmeas, a viabilidade dos ovos, a fecundidade e a taxa líquida de reprodução do inseto em laboratório. Em estufa a planta inteira fresca mostrou-se mais eficiente para o peso total de tubérculos e a planta inteira seca reduziu a incidência de ataque do inseto aos tubérculos. No campo, embora não tenha sido foco do trabalho constatou-se que a flor seca inibiu a emergência de metade da população de plantas de batata. E a planta inteira seca deu indícios de ser a estrutura mais viável para ser utilizada por agricultores no manejo de D. speciosa em cultivos agroecológicos de batata. |