Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Treichel, Carlos Alberto dos Santos |
Orientador(a): |
Jardim, Vanda Maria da Rosa |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
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Departamento: |
Faculdade de Enfermagem
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3816
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Resumo: |
A partir dos movimentos de reforma psiquiátrica e do estabelecimento dos serviços comunitários de saúde mental, a família que antes se mantinha como observadora do processo do cuidado é olhada em uma nova perspectiva, passando a ser incorporada no processo terapêutico e contribuindo com a reabilitação psicossocial do indivíduo. Nesse sentido, dentro do contexto de cuidado comunitário, a família passa a ser considerada como um objeto de estudo deste campo de atuação. Diversos estudos têm enfatizado sua abordagem como necessária e documentado diferentes repercussões desse cenário entre esses sujeitos, dentre as quais àquelas relacionadas a aspectos psicossomáticos como a manifestação de transtornos psiquiátricos menores. Levando em conta que identificar quais características influem na ocorrência desses transtornos possa ser um passo importante para o estabelecimento de práticas que previnam ou interfiram nesse desfecho este estudo buscou identificar a prevalência e os fatores associados à manifestação de transtornos psiquiátricos menores entre 537 cuidadores familiares de pessoas em sofrimento psíquico atendidas em 16 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) localizados na 21ª região de saúde do estado do Rio Grande do Sul. Para análise, munindo-se de um modelo teórico hierarquizado, utilizou-se regressão de Poisson com o cálculo das razões de prevalência ajustadas. A prevalência de Transtornos Psiquiátricos Menores encontrada na população estudada foi de 42,1%. Os fatores associados à esses transtornos foram: sexo feminino (RP: 1,54); vínculo próximo com o usuário, em especial pais/mães (RP: 2,00); baixa escolaridade, apresentando risco de RP: 1,85 no estrato mais baixo; possuir problemas de saúde (RP: 1,24); referir problemas de nervos (RP: 3,02); baixo desempenho de avaliação da qualidade de vida nos âmbitos físico (RP:1,84) e de meio ambiente (RP:1,95); insatisfação com as relações familiares (RP: 1,56); falta de apoio familiar (RP: 1,25) e sentimento de sobrecarga, para qual foi encontrado um risco de RP: 2,61 entre os indivíduos com maior nível de sobrecarga. Levando em conta que na análise multivariada os aspectos que efetivamente exerceram influência sobre o desfecho na amostra estudada estão relacionados às condições situacionais e de apoio e organização familiar, sugere-se a implementação por parte dos serviços de medidas que favoreçam a melhoria no suporte social e inclusão de todos os membros do grupo familiar de seus usuários nos processos de cuidado. |