Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Sílvia Nilcéia |
Orientador(a): |
Nörnberg, Marta |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Faculdade de Educação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7779
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Resumo: |
Esta pesquisa busca compreender os sentidos do lúdico, entendido como linguagem, em roteiros de leitura desenvolvidos com crianças do ciclo de alfabetização. Apoia-se na Sociologia da Infância para ampliar o conceito de lúdico – de ferramenta para linguagem –, compreendendo-o como parte das culturas infantis e tendo o professor como um adulto atípico (CORSARO, 2011). Centra-se na análise de roteiros de leitura desenvolvidos em uma turma de crianças acompanhadas do 1º ao 3º ano (2013 a 2015). Os roteiros foram elaborados com base no seu potencial lúdico e contribuição para o letramento literário (COLOMER, 2003, 2007; COSSON, 2014a, 2014b). Além disso, sustenta-se no paradigma da pesquisa com crianças (GRAUE; WALSH, 2003) e na potência da documentação pedagógica como elemento de reflexão do professor. A prática realizada é vista como uma experiência de encontro entre a professora e as crianças (LARROSA, 2002, 2015), em que se busca o sentido dessa experiência (CONTRERAS; PÉREZ, 2010). A geração de dados decorre de dois movimentos: um em torno da prática da professora analisando a sua documentação pedagógica; e, outro, com as crianças, parceiras de ensino e pesquisa, por meio de registros e conversas em grupo focal. Com base na análise feita, foram obtidos os seguintes resultados: quanto aos roteiros de leitura, suas características constituintes estão: 1) na potencialidade literária dos textos escolhidos, trabalhada de forma lúdica; 2) no uso da leitura do texto, dando ênfase à palavra lida para construção do leitor; 3) na criação de um ambiente de leitura que possibilitasse o faz de conta e a livre expressão das crianças; 4) na preparação para ouvir o texto literário; e 5) no oferecimento de várias brincadeiras e jogos possíveis de serem feitos a partir do texto, com os objetivos de motivar/capturar o leitor, auxiliar no aprofundamento da compreensão do texto, ajudando no ensino e reflexão sobre a língua (alfabetização/letramento). Quanto à ludicidade mais especificamente, ela: (1) é evocada em sua forma mais direta nas brincadeiras e nos jogos propostos; (2) aparece também como ferramenta para o ensino de conhecimentos formais; e (3) pode ser capturada também no espaço simbólico, de diálogo pedagógico. A ludicidade expressa-se como linguagem no modo como professora e alunos se comunicam em aula. É entendida como linguagem porque essa professora apresenta-se como diferente das demais – uma professora atípica –, pois brinca e insere-se nas culturas infantis, não separando o mundo real do imaginário, estabelecendo um entre-lugar que respeita a ludicidade como um dos traços das culturas infantis, dispondo-se como uma professora que aprende a ser essa professora atípica. |