Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Rosa, Denise Paiva da |
Orientador(a): |
Bonow, Maria Laura Menezes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Odontologia
|
Departamento: |
Faculdade de Odontologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3458
|
Resumo: |
A etiologia das más oclusões é multifatorial, resultante de fatores genéticos e ambientais. Crianças de nascimento pré-termo podem apresentar características biológicas e comportamentais, que podem favorecer o desenvolvimento de má oclusão. Diante do aumento na prevalência de nascimentos pré-termo e sua associação com complicações médicas, de tratamento pós-natal e aos distúrbios de crescimento e desenvolvimento, este estudo teve como objetivo analisar a associação entre nascimento pré-termo e a presença de má oclusão aos 5 anos de idade e testar a hipótese de que crianças de nascimento pré-termo apresentam maior prevalência de má oclusão moderada e severa do que as crianças nascidas a termo, mas seu efeito sobre a má oclusão pode ser modificado segundo comportamento ao longo do curso da vida. A amostra constou de 1129 crianças que participaram do exame de saúde bucal aninhado a uma coorte de nascimentos na cidade de Pelotas iniciada em 2004. Todos os exames foram acompanhados de um questionário aplicado às mães, com questões sobre a criança, a mãe e as condições socioeconômicas da família. Para estimar os problemas oclusais presentes aos 5 anos de idade, foram utilizados os critérios diagnósticos da OMS. Os dados foram analisados utilizando o programa STATA 12.0. Foi realizada a análise descritiva, e a associação entre má oclusão e os potenciais fatores de risco foi testada utilizando os testes de associação qui-quadrado e qui-quadrado de tendência linear quando pertinente. Para investigar a associação independente das exposições na ocorrência de má oclusão foi realizada análise de regressão de Poisson, estimando-se as razões de prevalência (RP) e seus respectivos intervalos de confiança (IC95%). A prevalência de má oclusão moderada/severa foi de 24,1% em crianças nascidas a termo e de 42,2% em pré-termos (p<0,001). Na análise ajustada, foram fatores de risco para má oclusão: menor escolaridade materna, nascimento pré-termo, circunferência da cabeça ao nascer menor ou igual ao percentil 10, menor tempo de aleitamento materno e uso de chupetas. O teste de interação mostrou que tanto o tempo de amamentação quanto o hábito de sucção de chupeta até os 4 anos modificaram o efeito do tempo de gestação sobre a prevalência de má oclusão moderada ou severa. Os resultados deste estudo confirmam a hipótese inicial de que crianças de nascimento pré-termo apresentam maior prevalência de má oclusão, independentemente dos fatores de risco e proteção conhecidos. |