Estudo sobre as alterações comportamentais em cães durante o período de isolamento social pela pandemia de Covid – 19 e o estado cognitivo de cães idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Krug, Fernanda Dagmar Martins
Orientador(a): Nobre, Márcia de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11612
Resumo: Cada vez mais os cães são considerados membros da família e mais próximos dos seus tutores. Esses fatores, aliados aos avanços na medicina veterinária contribuem para o aumento da expectativa de vida canina. Assim, vivenciando alterações fisiológicas e comportamentais compatíveis com o envelhecimento, entre elas, a disfunção cognitiva canina. Dessa forma, o objetivo geral deste estudo foi identificar alterações comportamentais durante o período de isolamento social causado pelo Covid-19 e o estado cognitivo dos cães idosos. Portanto, os objetivos específicos deste estudo foram: a) Identificar as alterações comportamentais em cães de várias faixas etárias e a relação com seus tutores durante o isolamento social no período de pandemia de Covid-19; b) Verificar a ocorrência de alterações comportamentais em cães adultos/maduros com mais de sete anos de idade, por meio de observações de seus tutores durante o isolamento social no Brasil e em outros países ao longo da pandemia de Covid-19; c) Relatar alterações comportamentais em um cão idoso, por meio de um questionário observacional de identificação de sinais clínicos e de testes de reatividade, assim como evidenciar a melhora clínica do paciente após o tratamento. Para atingir os objetivos, foram desenvolvidos três estudos. No primeiro estudo, disponibilizou-se um questionário para tutores de cães de qualquer idade, de diversos países. O questionário continha questões abertas e fechadas, com resenha sobre o tutor (sem identifica-lo) e o cão, depois questões sobre o comportamento do animal antes e durante o período de isolamento social. No segundo estudo, utilizouse o mesmo questionário, porém foi avaliado somente as respostas dos tutores com cães a partir de sete anos de idade. Além das questões relacionadas ao comportamento antes e durante a pandemia, foi identificado o comportamento referente a alterações relacionadas a degeneração de cães idosos. Já no terceiro estudo, foi atendido no Hospital de Clínicas Veterinárias da UFPel, um canino, macho, SRD, de 12 anos de idade, apresentando alterações comportamentais. A partir dos questionários, observou-se que, a maioria dos tutores eram brasileiros, do gênero feminino, na faixa etária dos 20 aos 35 anos e estavam em isolamento social juntamente com seus cães. Os cães de maneira geral não apresentaram alterações comportamentais como agressividade e estresse, porém, apresentaram maior carência e dependência de seus tutores. Já os cães adultos/maduros, apresentaram sinais comportamentais associados ao declínio cognitivo, que é uma alteração peculiar da idade e não tem relação com o isolamento na pandemia. E sim com a proximidade e a percepção por parte dos tutores. No caso relatado de alterações degenerativas compatíveis com a idade, o paciente apresentou sinais comportamentais, como desorientação, dificuldade de interagir com os tutores e com o outro cão que residia no mesmo ambiente. Foram excluídas outras enfermidades e realizou-se o questionário observacional e testes de reatividade. O paciente apresentou alterações em ambos. Instituiu-se o tratamento com propentofilina e houve melhora das alterações comportamentais. Assim, conclui-se, os cães de todas as faixas etárias apresentaram maior carência e dependência de seus tutores no período de isolamento social. E os cães adultos maduros, apresentaram comportamento relacionado ao avanço da idade. Sendo melhor observado pelos tutores, devido a maior convivência. Já os sinais compatíveis com disfunção cognitiva, foram identificadas pelo questionário observacional e os testes de reatividade. Tendo uma melhora significativa com o tratamento instituído.