Modelagem numérica do fluxo subterrâneo no perímetro urbano do município de Alegrete - RS

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Francisco, Paula Josyane dos Santos
Orientador(a): Silva, Juliana Pertille da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Hídricos
Departamento: Centro de Desenvolvimento Tecnológico
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8375
Resumo: No município de Alegrete, o abastecimento de água é realizado utilizando um manancial superficial (Rio Ibirapuitã) e subterrâneo (17 poços tubulares). Os poços implantados na região extraem água dos sistemas aquíferos Serra Geral e Guarani. Essa região sofre com situações de escassez e pertence a bacia hidrográfica do rio Ibicui em que a situação do balanço hídrico se encontra muito crítica, mas ainda sim possuindo potencial de exploração de águas subterrâneas. Dessa forma ações e ferramentas que mensurem ou que possam fornecer o entendimento maior do fluxo subterrâneo possuem extrema importância na gestão dos recursos hídricos subterrâneos. O objetivo desse trabalho é compreender a dinâmica do fluxo subterrâneo no perímetro urbano do município de Alegrete, no estado do Rio Grande do Sul, utilizando a modelagem numérica como principal ferramenta. O código utilizado para realizar a modelagem numérica foi o MODFLOW-2005. Essa ferramenta foi capaz de simular o fluxo tridimensional de água no meio subterrâneo no regime permanente, utilizando como ponto de partida a equação governante do fluxo subterrâneo. A aplicação dessa ferramenta contou com a construção de uma base de dados e de um modelo conceitual. O modelo conceitual construído para área de estudo inclui dois sistemas aquíferos: Serra Geral e Guarani, com taxas de recarga de 1,3% e 8,1% para os sistemas aquíferos Serra Geral e Guarani, respectivamente. As condutividades hidráulicas foram descritas para o eixo horizontal e vertical possuindo o valor mínimo de 1,16E-6m/s e máximo de 3,12E5m/s. Nessa região foram considerados 27 poços tubulares já instalados, com bombeamento ativo. O modelo numérico obteve valores de carga hidráulicas que variaram de 78m a 176m. O balanço de massa demonstrou que a interação rioaquífero exerce uma grande influência nas cargas hidráulicas e volume de água contido no modelo. A análise de sensibilidade evidenciou que os contornos utilizados como limites laterais da área de estudo são altamente sensíveis aos valores de condutividade hidráulica. Dessa forma, as recomendações são voltadas a diminuição das incertezas dos contornos laterais e a investigação mais profunda da influência da interação rio-aquífero.