Influência da tectônica rúptil na hidrogeoquímica e produtividade hidráulica das águas subterrâneas da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Duarte, Matheus Beretta
Orientador(a): Roisenberg, Ari
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/266028
Resumo: A Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos, nordeste do Rio Grande do Sul, tem enfrentado um intenso aumento do uso dos seus recursos hídricos subterrâneos, principalmente nas regiões onde suas águas superficiais são impróprias ao abastecimento da população. Sendo composta pelos Sistemas Aquíferos Guarani e Serra Geral e subordinadamente aquíferos de idade permiana, inexistem estudos sobre o condicionamento hidráulico e químico imposto nas suas águas pela tectônica rúptil. Esse estudo busca caracterizar a tectônica da região através da interpretação de lineamentos morfotectônicos, caracterizar a composição química de suas águas, a produtividade dos seus poços e integrar esses dados com essas estruturas frágeis. Os falhamentos tectônicos na bacia se mostraram atuantes em toda a área em estudo, com pouca variação na frequência de suas direções e com um leve aumento do comprimento na região do Sistema Aquífero Serra Geral. No entendimento da química das suas águas subterrâneas, 204 poços tubulares foram estudados e classificados a partir de Análise Fatorial de Componentes Principais e Análise de Agrupamentos Hierárquicos, onde foram identificadas cinco fácies (águas meteóricas, águas CaMg, águas Mg, águas Na e águas SO4). Essa direção também proporcionou um aumento na concentração dos íons Na+, Cl- e HCO3- para as águas CaMg, encontradas preferencialmente no Sistema Aquífero Serra Geral. É provável que essa direção seja a que mais frequentemente permita a ascensão de águas profundas mineralizadas, associadas à dissolução de sais e intemperismo de sedimentos marinhos e pirita nos aquíferos permianos, que se misturam com águas de recarga meteórica e de menor tempo de residência como as CaMg. Em relação à produtividade de seus poços, a bacia foi caracterizada por uma capacidade específica muito baixa, em média 0,39 m³/h/m para os 624 poços analisados. Estruturas de grande porte e uma maior presença de lineamentos N-NE e NE-E tendem a estarem associadas a poços de maior capacidade específica, enquanto estruturas de pequeno porte tendem a reduzir sua vazão, sendo encontrados poços de alta produtividade em todos os aquíferos.