Sobre a confiabilidade das intuições para sustentar premissas de argumentos filosóficos.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Bruna Schneid da
Orientador(a): Carmo, Juliano Santos do
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7544
Resumo: As intuições desempenham um papel peculiar na atividade filosófica seja enquanto evidências para premissas de argumentos filosóficos, seja enquanto julgamentos obtidos como resultados de casos hipotéticos. Seu status probatório, contudo, é bastante controverso. Nosso objetivo neste trabalho é de analisar se as intuições são um instrumento confiável para a prática filosófica. Algumas questões precisam ser desenvolvidas para esclarecer o status probatório das intuições. Os filósofos contemporâneos buscam investigar o papel que as intuições adquirem ao denotar um caráter autônomo e autoritativo para a filosofia. As intuições podem ser compreendidas enquanto a priori, o que as coloca em uma relação autoritativa e autônoma à ciência. Podendo ainda, serem compreendidas enquanto a posteriori o que as coloca em uma relação de continuidade com as ciências. Alguns autores que endossam a perspectiva a priori compreendem a ontologia das intuições enquanto a posse de conceitos de classificação. Enquanto alguns autores que defendem a perspectiva a posteriori compreendem a ontologia das intuições enquanto "tipos naturais". A caracterização das intuições seja enquanto posse de conceito, seja enquanto tipos naturais faz com que os autores defendam perspectivas positivas ou negativas a respeito do uso de intuições. Defenderemos aqui que as intuições são fontes básicas de conhecimento que são classificadas adequadamente quando o agente possui o conceito determinante. Nesse sentido, defenderemos (com Alvin Goldman) que a confiabilidade das intuições dar-se-á através de investigações de segunda ordem.