Estratégias de diagnóstico e tratamento da gestação de risco em éguas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dantas, Fernanda Timbó D’el Rey
Orientador(a): Curcio, Bruna da Rosa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7960
Resumo: A placentite ascendente é uma das principais causas de aborto, natimorto e parto prematuro em equinos. Dosagens hormonais tem sido utilizadas como auxílio no diagnóstico e manejo terapêutico da placentite. Poucas moléculas foram avaliadas quanto a sua difusão placentária e aplicabilidade no tratamento desta enfermidade. Os objetivos do presente trabalho foram: (1) verificar se há passagem transplacentária de doxiciclina em éguas hígidas; (2) avaliar a utilização da mensuração plasmática de estradiol 17-β, estrógenos totais, progestinas e progesterona como marcadores de prognóstico gestacional em éguas com placentite induzida experimentalmente. Para o primeiro experimento, foram utilizadas 12 éguas saudáveis aos 320 dias de gestação; seis receberam doxiciclina manipulada (10mg/kg, via oral a cada 12h) até o parto, enquanto outras seis formaram o grupo controle. O parto das éguas tratadas foi induzido (ocitocina, 10UI, IM) quando o pH da secreção mamária era ≤6.4. Durante a segunda fase do parto, os líquidos alantoideano e amnióticos foram coletados espontaneamente e por puntura do âmnio, respectivamente. Amostras de plasma e líquido sinovial do potro foram obtidas imediatamente após o parto. As concentrações de doxiciclina no plasma e líquidos fetais/sinovial foram mensuradas por LC-MS/MS. Para o segundo experimento, éguas foram aleatoriamente divididas aos 300 dias de gestação em grupo controle saudável (CONT, n=8) e éguas nas quais a placentite ascendente foi induzida através da inoculação intracervical de Streptococcus equi subespécie zooepidemicus (n=38). As éguas com placentite induzida foram divididas em grupos tratados com sulfametoxazol-trimetoprim (TMS), flunixin meglumine (FM), altrenogest (ALT) e/ou cipionato de estradiol (ECP), conforme segue: (1) TMS+FM, n=8; (2) TMS+FM+ALT, n=8; (3) TMS+FM+ALT+ECP, n=6; (4) TMS+FM+ECP, n=6; e (5) sem tratamento (INOC), n=10. Os tratamentos foram iniciados 48h após a indução. Amostras de sangue foram obtidas de todas as éguas imediatamente antes da inoculação, diariamente por 12 dias (ou até o parto prematuro) e no dia do parto. As concentrações de estradiol 17-β e progesterona foram determinadas por quimiluminescência, enquanto os estrógenos totais e progestinas foram mensurados por radioimunoensaio. A doxiciclina atravessa a barreira placentária, atinge a unidade feto-placentária e deposita-se na articulação dos potros. Não foram observados sinais sugestivos de toxicidade causada pelo uso prolongado da doxiciclina nos potros ou nas éguas. No presente estudo, as concentrações de estradiol 17-β, progesterona, progestinas e estrógenos totais não apresentaram um padrão que pudesse auxiliar no prognóstico da gestação.