Um currículo mínimo e os professores de Geografia: perspectivas docentes para uma política de currículo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Rodrigues, Phelipe Florez
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Centro de Educação e Humanidades::Faculdade de Educação
BR
UERJ
Programa de Pós-Graduação em Educação
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.bdtd.uerj.br/handle/1/10690
Resumo: O presente trabalho se constitui em uma investigação sobre a atual política curricular da secretaria de educação do Estado do Rio de Janeiro com foco nos sentidos produzidos para o currículo e a matriz de Geografia. Proponho de forma específica, através da utilização da categoria hibridismo, compreender como os professores de Geografia produzem suas ações políticas no ambiente escolar a partir do diálogo de suas práticas com a matriz curricular em análise. Apoio-me em uma perspectiva discursiva como aporte teórico para pensar a produção política curricular como uma dinâmica contingencial de produção de sentidos e espaço de escape para a produção de ações híbridas. Situo a perspectiva de currículo defendida nesta pesquisa a partir do diálogo com Lopes e Macedo (2011) interpretando currículo como algo produzido a partir de articulações discursivas. Tendo este balizamento teórico acerca de uma concepção de currículo, proponho uma abordagem do objeto com a intenção de compreender com qual perspectiva de currículo a secretaria de educação se valeu para produzir o documento, denominado currículo mínimo. Neste sentido, problematizo a proposta curricular em três frentes; as estratégias político- discursivas adotadas pela SEEDUC-RJ, sobretudo, a partir da leitura do significante mínimo que acompanha a palavra currículo o interpretando como significante flutuante (Laclau, 2011); a estrutura curricular desenvolvida em competências e habilidades e a forma como a disciplina Geografia foi organizada e pensada. Busco o diálogo com os estudos de Stephan Ball para pensar a dinâmica da política curricular em um movimento cíclico, sem primazia de um contexto de produção sobre o outro, e com isso propondo uma leitura de desenvolvimento político refutando a lógica da implementação. Após a análise de documentos e do que se divulgou em portarias e notas na imprensa, volto meus esforços ao campo, para que a partir do diálogo com os professores de Geografia, a compreensão de um momento de produção de sentidos se faça. Busco nesta articulação, um meio para entender como os professores de Geografia direcionaram suas práticas em diálogo com a matriz curricular em análise. Para tal, utilizo entrevistas semiestruturadas como forma de diálogo e compreensão de um momento do discurso docente. Concluo apontando que embora, o currículo mínimo se potencializou na rede como uma política de centralidade curricular pontuada em um sentido de qualidade atrelada a medições quantitativas do que se ensina, os docentes entrevistados neste trabalho não se furtaram em negociar no espaço curricular, produzindo efeitos híbridos com diferentes níveis de aderência em relação ao que se pensou pela secretaria de educação.