Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gasperi, André Alexandre |
Orientador(a): |
Fonseca, Daniele Baltz da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Memória Social e Patrimônio Cultural
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10752
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Resumo: |
O objetivo geral desta dissertação consistiu em analisar como o campo da conservação-restauração pode se relacionar com a epistemologia disciplinar, multidisciplinar, interdisciplinar e transdisciplinar, no arco gradativo do conhecimento. A metodologia estabelecida se fundamentou na historiografia da dialética da duração, na base teórico-conceitual da transdisciplinaridade e na análise comparativa de discursos. A conservação-restauração sob o enfoque do arco gradativo do conhecimento possibilitou identificar a existência de períodos em que suas abordagens epistemológicas tinham características pré disciplinares e disciplinares até se verificar a intenção de integração e interação entre saberes, refletindo em abordagens pluri e interdisciplinares. O período prédisciplinar da conservação-restauração pode ser caracterizado entre o Renascimento e o surgimento do positivismo, com as restaurações realizadas pelos artistas, as formações das coleções, os estudos dos antiquários, as pesquisas dos connoisseurs e as catalogações e proteção dos objetos contra o vandalismo das revoluções. O período disciplinar da conservação-restauração pode ser caracterizado com a conservação e a restauração separadas, com as teorias clássicas e as técnicas da química e da física ainda não completamente integradas na atividade. O período multidisciplinar, pluridisciplinar e interdisciplinar é considerado quando o campo da conservação-restauração se desenvolve como disciplina no entrecruzamento de diferentes saberes providos de diversas ciências naturais, exatas, humanas e entre outras, em decorrência também dos desafios colocados pelas guerras civis e mundiais. No período transdisciplinar, a conservação e a restauração tornaram-se efetivamente complementares, sendo que a grafia do termo “conservação-restauração”, com hífen, começa a ser estimulada. Neste período se busca ultrapassar o diálogo restrito aos cientistas para incluir nos projetos de preservação dos bens culturais as pessoas envolvidas com o objeto, incluindo as narrativas marginalizadas pela ciência moderna, como a cultura, a tradição, o simbólico, o sentimento, a emoção, a poesia, a arte, o mítico, o mágico, o espiritual e entre outros. No período transdisciplinar também se ve emergir, ao menos nos discursos, a consideração sobre o desenvolvimento sustentável e a vida no planeta. |