Potencial antimicrobiano e antitumoral de compostos fenólicos extraídos do bagaço oriundo da obtenção de azeite de oliva (Olea europea L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Böhmer, Bruna Wendt
Orientador(a): Zambiazi, Rui Carlos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4134
Resumo: A extração do azeite de oliva gera grandes quantidades de resíduos, em média, apenas 21% do peso da azeitona correspondem a azeite, os 79% restantes consistem em água, casca, polpa e caroço, os quais constituem o bagaço. Cerca de 98% dos compostos fenólicos passam para o bagaço no processo de extração do azeite por duas fases. Com o intuito de obter alternativas para a utilização deste resíduo, e para o problema de fitotoxicidade causada pela alta concentração de compostos fenólicos, este estudo teve como objetivo otimizar a extração de compostos fenólicos do bagaço utilizando diferentes extratos metanólicos, e de avaliar potencial biológico destes extratos. A otimização da extração dos compostos fenólicos e a avaliação da atividade antioxidante (FRAP) foram realizadas por espectrofotometria, definindo as amostras a serem avaliadas pela aplicação da superfície de resposta, a qual constitui uma ferramenta estatística de planejamento experimental. Os dois extratos com maior concentração de compostos fenólicos foram selecionados para análise de atividade antitumoral e antimicrobiana in vitro. Através da metodologia de superfície de resposta foi possível observar que as duas condições que promoveram maior extração de compostos fenólicos foram obtidas no ensaio com 40% de metanol, 70 ºC e tempo de 180 minutos (ensaio 7), e com 80% de metanol, 70 ºC e tempo de 180 minutos (ensaio 8). A maior atividade antioxidante foi obtida no extrato com 40% metanol, 45 ºC e tempo de 180 minutos (ensaio 5). No teste de MTT, o extrato 7 apresentou atividade antitumoral frente à linhagem tumoral de glioma na concentração ≥ 100 μg.mL-1 em 24 horas de incubação, ≥ 500 μg.mL-1 em 48 horas e ≥ 200 μg.mL-1 em 72 horas de incubação; o extrato 8 exibiu atividade antitumoral na concentração ≥ 300 μg.mL-1 em 24 horas de incubação, ≥ de 200 μg.mL-1em 48 horas e ≥ 300 μg.mL-1 em 72 horas de incubação. No ensaio de Sulforodamina B, o extrato 7 exerceu atividade antitumoral frente á linhagem tumoral de glioma na concentração ≥ 200 μg.mL-1 em 24 horas de incubação, ≥ 50 μg.mL-1 em 48 horas e ≥ 100 μg.mL-1 em 72 horas de incubação; o extrato 8 demonstrou atividade antitumoral na concentração ≥ 100 μg.mL-1 nos três períodos de incubação. No teste de disco difusão os extratos selecionados apresentaram halos de inibição frente aos micro-organismos testados. No ensaio de concentração inibitória mínima os extratos selecionados exerceram atividade antimicrobiana moderada e fraca, respectivamente. Nos testes de concentração bactericida mínima os extratos não apresentaram atividade, demonstrando não ter ação bactericida, somente bacteriostática.