Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Schneider, Joana |
Orientador(a): |
Sacco, Helene Gomes |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
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Departamento: |
Centro de Artes
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8228
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Resumo: |
A presente pesquisa, intitulada Casa, objeto e memória: a narrativa como arte e valor das coisas, analisa os procedimentos das diversas ações que culminaram na criação do Museu das Coisas dos Outros: coleção particular de memórias alheias, experiência doméstica, artística e museológica de montagem de um museu em casa durante a ocorrência da pandemia de Coronavírus, nos anos 2020 e 2021. Como primeira ação deste percurso de produção, antes da necessidade de isolamento social, foram realizadas visitas domiciliares à procura de objetos de segunda mão, ocasionando encontros que fomentaram reflexões sobre a prática de visitas como proposições artísticas, sobre a casa como um reservatório particular das lembranças materializadas dos moradores e sobre o potencial que certos objetos possuem de evocar memórias e suscitar narrativas. Deste modo, a partir do entendimento da casa como museu, já no contexto de isolamento doméstico pandêmico, percorreu-se o caminho inverso e, com os objetos resultantes das visitas, criou-se um museu em casa. Assim, abordando o conceito de Objeto Biográfico e tendo como foco principal a narrativa como expressão do valor das coisas, este estudo escrito em primeira pessoa traz relatos pessoais, rememora meus trabalhos pregressos e analisa as fases do processo de criação deste museu, expondo, assim, um longo percurso de experiências pessoais e artísticas com objetos. Neste contexto, as relações subjetivas que podem ser estabelecidas entre coisas e sujeitos são investigadas pelo viés da arte e da memória, partindo da produção poética própria e traçando articulações com referenciais teóricos e artísticos que tratam de questões como: restos do cotidiano; narrativas de si; passados inventados; criação de personagens; relatos da casa e jeitos de morar; diferentes modos de valorar as coisas; formas de arquivar, colecionar e inventariar fragmentos da vida; a vida e seus esgotamentos. Neste sentido, destaca-se a contribuição de autores como Ecléa Bosi, Peter Stallybrass, Octave Debary, Lourenço Mutarelli, Georges Perec, Pierre Nora, José Eduardo Agualusa, Paul Auster, Abraham A. Moles, Walter Benjamin, Michel de Certeau, Luce Giard, Pierre Mayol, Gaston Bachelard, Maria Esther Maciel e Orhan Pamuk e dos artistas Rosângela Rennó, Christian Boltanski, Ruth Moreira de Sousa Regiani, Fernanda Gassen, Chauncey Hare, Alice Monsell, Helene Sacco, Vera Lucia Didonet Thomaz, Elida Tessler, Mark Dion e Joseph Cornell. |