Análise comparativa de ferramentas brasileiras de avaliação do desenvolvimento sustentável em propriedades agrícolas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Osório, Laura Gonçalves
Orientador(a): Dias, Marcelo Fernandes Pacheco
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Territorial e Sistemas Agroindustriais
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
Centro de Ciências Sócio-Organizacionais
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
ISA
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8873
Resumo: Nas últimas décadas, uma ampla variedade de ferramentas foi desenvolvida para avaliar a sustentabilidade em propriedades agrícolas. O trabalho teve por escopo analisar as diferenças e similaridades dos métodos brasileiros Ambitec-Agro, APOIA-NovoRural e ISA de avaliação da sustentabilidade em propriedades agrícolas, nas dimensões normativa, sistêmica e processual. Discute os possíveis limites e potencialidades das ferramentas brasileiras em comparação com os métodos internacionais MESMIS, IDEA, MOTIFS e RISE, por análises feitas pelo próprio pesquisador e por outros especialistas. Na dimensão normativa compara as categorias: objetivo da ferramenta, público-alvo, conceito de sustentabilidade, origem das metas e níveis hierárquicos. Quanto aos objetivos e público-alvo, as três ferramentas se assemelham, diferenciando-se em relação à unidade de análise. Também se assemelharam quanto ao conceito de sustentabilidade, baseado no triple botton line (dimensões social, econômica e ambiental), apenas diferindo na ênfase dada a cada um. Quanto à origem dos indicadores, também se assemelham, incluindo a participação de especialistas e da literatura para fundamentar seus procedimentos. Na dimensão sistêmica foram comparadas as categorias de complexidade (se assemelham) e de interação entre os indicadores (as três ferramentas nacionais consideram os indicadores de forma independente). Nos aspectos processuais foram consideradas as fases preparatória, de medição (confiabilidade e disponibilidade dos dados, facilidade de uso e compatibilidade com os dados da propriedade) e de avaliação (transparência, precisão de saída, complexidade da ferramenta e aplicabilidade dos dados da avaliação). Constatou se que as ferramentas nacionais se assemelham às ferramentas internacionais, nenhuma das ferramentas brasileiras se destacou como melhor em todos os quesitos analisados, possuindo cada uma, vantagens e desvantagens em relação ao propósito de avaliação da sustentabilidade. Por serem padronizadas, sem a possibilidade de inclusão de outros indicadores, as três ferramentas mostram precisão nos resultados, permitindo ser usada no propósito de certificação. Recomenda-se reduzir o nível de dificuldade das ferramentas a empregar, ampliando a abrangência do público-alvo e a orientação a políticas públicas, além de aperfeiçoar as ferramentas a serem aplicadas, permitindo escolher os indicadores de sustentabilidade conforme as peculiaridades encontradas na região a ser avaliada.