As concepções dos professores de ciências biológicas: relações entre a formação pedagógica e científica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Brum, Thomáz Klug
Orientador(a): Zanchet, Beatriz Maria Boéssio Atrib
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4385
Resumo: O presente estudo busca compreender quais são as concepções pedagógicas e científicas de docentes universitários que atuam em um curso de licenciatura em ciências biológicas, bem como, entender as relações e distanciamentos entre estes dois eixos no processo de formação desses docentes para o magistério superior. De acordo com alguns autores (SANTOS 2010; CAPRA, 2002; MORIN, 2003), entende -se que ainda está muito presente no campo da formação de professores em ciências biológicas o caráter positivista, oriundo das ciências naturais, que historicamente se instaurou e que pode vir a impactar o exercício da docência, sendo esta uma das hipóteses que motivaram os pesquisadores a investigar as temáticas apresentadas. Por meio de entrevistas semiestruturadas com docentes universitários das diferentes disciplinas das grandes áreas da biologia, procurou-se identificar suas compreensões sobre ensino, saberes pedagógicos, metodologias, desafios da educação, bem como, sua compreensão de ciência, sua evolução, seus enunciados, a lógica de sua construção, sua relação com a sociedade. Os estudos de Cunha (2000, 2007), Pimenta (2010), Almeida (2012), Veiga (2012) e Pérez-Goméz (1998), Santos (2004, 2010), Mayr (2005), Morin (2003) e outros sustentaram a análise dos dados. Os achados apontaram que o ensino de biologia no curso de licenciatura está pautado na transmissão de um conhecimento estático, a-histórico e atemporal, prevalecendo a valorização do saber do campo científico específico sobre o conhecimento pedagógico. Evidenciou-se também que, apesar de compreenderem as necessidades de rompimento com práticas tradicionais de ensino, os professores possuem poucas alternativas metodológicas e avaliativas para pôr em prática, fruto de uma preparação pedagógica deficitária no âmbito da pós-graduação, agravada pelo entendimento de que basta o saber científico da disciplina para saber ensiná-lo.