Propagação por estaquia de porta-enxerto de pessegueiro e ameixeira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Rosa, Gabriela Gerhardt da
Orientador(a): Bianchi, Valmor João
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal
Departamento: Instituto de Biologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/9184
Resumo: O cultivo do pessegueiro é uma das principais atividades frutícolas da região Sul do Brasil, sendo o Estado do Rio Grande do Sul o principal produtor. A produção das mudas é tradicionalmente realizada através da enxertia sobre porta-enxertos obtidos de sementes provenientes de fábricas de conservas e não possuem garantia de qualidade genética e sanitária. Devido aos problemas de segregação genética das sementes desse tipo de material utilizado, a multiplicação de porta-enxertos por estaquia é o mais indicado, pois permite a obtenção de plantas com as mesmas características genéticas da planta-matriz, além de garantir a maior uniformidade do pomar. Entretanto, a propagação destas espécies, por estaquia, necessita de controle de diversos fatores (aplicação exógena de reguladores de crescimento, época adequada para proceder a estaquia, ambiente de enraizamento, etc.) visando melhorar a formação de raízes adventícias, já que este tem sido um dos principais problemas do uso da técnica em várias espécies de Prunus spp. Portanto, o trabalho foi dividido em dois capítulos. No primeiro, testou-se a ontogenia dos ramos (herbáceos e semilenhosos) e a posição da estaca (basal e apical) e avaliou-se o enraizamento adventício em porta-enxertos de pessegueiro cv. Okinawa e Tsukuba 1 e de ameixeira cv. Julior e Mirabolano 29-C. Estacas foram preparadas com 15 cm, preservando-sedois pares de folhas inteiras, e acondicionadas em vermiculita fina sob nebulização intermitente por 50 dias. Observou-se que, tanto nas estacas herbáceas como nas semi-lenhosas, as porcentagens de enraizamento das cultivares Mirabolano 29-C, Tsukuba-1 e Okinawa foram superiores a 80%, nas estacas apicais, porém sendo sempre maior na cv. Mirabolano 29-C, a qual também apresentou maior número e massa seca das raízes. Em relação à parte aérea, ‘Mirabolano 29-C’ teve 96,65% de estacas brotadas, com maior número e massa seca das brotações. No segundo capítulo, avaliou-se o estado nutricional das plantas matrizes, a influência do AIB no enraizamento adventício de estacas oriundas de ramos herbáceos e semi-lenhosos de pessegueiro cv. Flordaguard e de ameixeira cv. Genovesa e Marianna 2624. O preparo das estacas e o acondicionamento foi idêntico ao descrito anteriormente, com a diferença que se usaram dois tratamentos: controle, sem uso de AIB, e uso de AIB (2.000 mg L-1). O enraizamento das estacas herbáceas tratadas com AIB proporcionou enraizamento maior que 80% para todas as cultivares, enquanto que nas semi-lenhosas foi de 90% para ‘Genovesa’ e ‘Marianna 2624’, e de apenas 30% para ‘Flordaguard’. ‘Genovesa’ apresentou o maior número, o comprimento e a massa seca das raízes, em todos os tratamentos, e em ambas épocas de coleta. As diferentes porcentagens de enraizamento das cultivares, podem estar relacionados aos diferentes níveis de alguns nutrientes, como Fósforo e Ferro. Os resultados obtidos neste trabalho reforçam que a nutrição das plantas matrizes e o enraizamento adventício de estacas de porta-enxertos de Prunus são importantes. O conhecimento sobre as variações do desenvolvimento das raízes através da utilização de diferentes técnicas e as informações aqui geradas, podem ser utilizadas na seleção de genótipos mais adequados a este tipo de propagação e finalidade, bem como para estimular a propagação vegetativa em nível comercial de genótipos selecionados para uso como porta-enxertos.