Atividade in vitro de extratos de macrofungos sobre o oomiceto patógeno Pythium insidiosum

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Melo, Luíze Garcia de
Orientador(a): Pereira, Daniela Isabel Brayer
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Parasitologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14132
Resumo: P. insidiosum é um agente etiológico da pitiose, enfermidade que atinge principalmente o tecido subcutâneo de mamíferos que habitam regiões tropicais, subtropicais e temperadas. O desenvolvimento de Pythium sp. depende de fatores abióticos no ecossistema, como áreas alagadas e temperatura. Podem ser sapróbios ou parasitas de animais e plantas. No Brasil, país endêmico da doença, os equinos são os mais atingidos e os tratamentos para pitiose, mesmo com o avanço das pesquisas, ainda não estão totalmente estabelecidos. Esse estudo avaliou o potencial in vitro anti-P. insidiosum de extratos aquosos, hidro-alcoólicos e etanólicos de macrofungos silvestres do sul do Brasil. Extratos aquosos, etanólicos e hidroalcoólicos foram preparados a partir das espécies Auricularia auricula, Amanita gemmata, Amanita muscaria, Gymnopilus junonius Lactarius deliciosus, Laccaria laccata, Psilocybe cubensis, Russula xerampelina. Os testes de suscetibilidade in vitro foram realizados frente a 18 e 11 isolados de P. insidiosum empregando a técnica de microdiluição e seguindo o protocolo M38-A2 do Clinical and Laboratory Standards Institutes (CLSI). Os extratos de R. xerampelina hidro-alcoólico e etanólico 95% evidenciaram atividade anti-P. insidiosum nas concentrações inibitórias mínimas que variaram de 1,87- 7,50 mg/ml. E demais espécies de cogumelos testados não apresentaram efeitos inibitórios no crescimento in vitro de P. insidiosum. Este é o primeiro estudo a avaliar a atividade antimicrobiana de cogumelos sobre oomicetos, evidenciando o potencial antimicrobiano do macrofungo R. xerampelina sobre o patógeno P. insidiosum. Sugere-se que a busca por outras espécies de cogumelos com ação anti-P.insidiosum deve ser ampliada.