Boas práticas de cuidado as pessoas que usam drogas em um CAPS II do interior do Rio Grande do Sul

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rodrigues, Cândida Garcia Sinott Silveira
Orientador(a): Coimbra, Valéria Cristina Christello
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem
Departamento: Faculdade de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/7482
Resumo: Há 18 anos a Reforma Psiquiátrica no Brasil se consolidou através de políticas publicas, no entanto ainda passa por processos de transformação em relação às práticas desenvolvidas nos serviços que superem a lógica asilar e segregadora produzida pelo modelo manicomial, e no que refere a pessoas que usam drogas ainda se faz necessário superar a conduta moral e estigmatizadora. Diante do exposto, este estudo tem como objetivos identificar boas práticas de cuidado às pessoas que usam drogas em um CAPS II do interior do Rio Grande do Sul. Para tanto, utilizou o referencial teórico de Boas Práticas em Saúde Mental Comunitária, proposto por Thornicroft e Tansella (2010). Este propõe a identificação de boas praticas a partir de três eixos indissociáveis: a ética, a evidência e a experiência. A ética é entendida como o eixo fundamental para orientação do planejamento, avaliação e prática dos serviços, a evidência deve sustentar as intervenções no serviço no sentido de identificar o melhor cuidado em saúde mental e a experiência que demonstra através da prática cotidiana boas práticas em saúde mental. Como resultado, emergiu o acolhimento, a acessibilidade e as estratégias de redução de danos. O acolhimento é apontado como boa prática no cuidado a pessoa usuária de drogas, pois consolida- se no serviço e auxilia na coprodução do cuidado no cotidiano, na sua relação com o território e na legitimização do respeito aos direitos humanos às pessoas que fazem uso de drogas. A acessibilidade apresenta-se como uma boa prática no momento em que oferece intervenções efetivas para a vida das pessoas, na base da experiência emerge a redução de danos, pois esta permite através da postura de baixa exigência mudanças de vida através do vinculo e do fortalecimento de novas possibilidades de vida. Este estudo concluiu que os serviços substitutivos em saúde mental tem potencialidade de desenvolver boas práticas de cuidado às pessoas que usam drogas, articulando um caminho promissor, ao propor estratégias voltadas para a defesa da vida.