Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Leandro Quadro |
Orientador(a): |
Domingues, Marlos Rodrigues |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação Física
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Departamento: |
Escola Superior de Educação Física
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/6489
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Resumo: |
O Diabetes Mellitus tipo 2 (DMT2) é uma doença que atinge parcela substancial da sociedade contemporânea, sendo causa de elevada taxa de mortalidade e tendo relação direta com doença cardiovascular, cegueira, falência renal e amputação de membros inferiores. Embora bastante evidenciados na literatura os efeitos positivos do exercício físico para a prevenção e o controle do DMT2, ainda se verificam algumas lacunas nessa área, especialmente no que diz respeito aos modelos contemporâneos de exercício que vem surgindo e no que diz respeito a aplicabilidade de intervenções comunitárias com baixo custo. A presente tese investigou os efeitos do treinamento físico em circuito em mulheres com DMT2 usuárias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) da zona urbana da cidade de Pelotas-RS, através de ensaio clínico randomizado conduzido entre os anos de 2016 e 2017. Um artigo de revisão sistemática e metanálise, um de metodologia e outro de resultados fazem parte dessa tese. No primeiro artigo buscou-se determinar os efeitos de intervenções com exercícios físicos sistematizados (aeróbios, resistidos ou combinados) sobre desfechos relacionados ao DMT2: índice de massa corporal (IMC), glicemia de jejum (GLI), níveis de insulina (INSUL) e resistência à insulina (HOMA-IR), onde os resultados demonstraram que os exercícios aeróbios foram eficientes para redução do IMC, GLI e do índice HOMA-IR e que os exercícios combinados são eficientes para redução do IMC e do índice HOMA-IR, assim, os dados demonstraram que os exercícios aeróbios e/ou combinados são eficientes para atenuar o impacto do DMT2. No segundo estudo descreveu-se o protocolo experimental da intervenção, bem como os desfechos e o modo como foram avaliados, além de terem sido apresentados resultados de caracterização da amostra na linha base do estudo, sendo que nesse momento haviam sido avaliadas 60 senhoras com idade média de 57,5 ±9,0 anos, com diagnóstico de DMT2 a 7,4 ±7,7 anos, onde 93,3% utilizavam medicamentos para o diabetes, tendo a hipertensão como comorbidade mais reportada (80%), além disso, 63,5% relataram não realizar atividades físicas, baseando-se nesse cenário pareceu importante conduzir a intervenção nesta população. No terceiro estudo, teve-se como objetivo determinar os efeitos do programa de treinamento em circuito sobre desfechos relacionados ao DMT2 em usuárias de UBS através de ensaio clínico randomizado (NCT03221868), onde cinco UBS foram randomizadas, duas para o grupo intervenção (GI) e três para o grupo controle (GC). Análises foram conduzidas por intenção de tratar (ITT: n=41) e aderência (AA: n=29). Na linha de base nos dois tipos de análises o GI diferiu do GC em relação ao consumo de medicamentos para ouras doenças, sem ser a DMT2. A pressão arterial sistólica (PAS) e a pressão arterial diastólica (PAD) reduziram significativamente nos dois grupos ao final da intervenção (PAS: p=0,01 AIT; p=0,03 AA) (PAD: p=0,04 AIT; p=0,03 AA). A ANOVA de duas entradas indicou que a força de membros inferiores aumentou significativamente no GI ao final do estudo (FMI: p<0,001 AIT; p=0,002 AA) e foi significativamente melhor no GI em relação ao GC (p=0,02 AIT e AA respectivamente) essa diferença foi verificada também pela variação delta (p=0,002 AIT e p=0,001 AA). A variação delta também apontou melhoria na aptidão aeróbia máxima no GI em relação ao GC (APTAM; p=0,01 AIT e p=0,02 AA) ao final do estudo. Assim, nesse estudo, foi possível concluir que o treinamento em circuito promoveu redução da PA e aumento da aptidão física das participantes. Em conclusão, pode-se inferir que o exercício físico estruturado pode contribuir de forma eficiente para o controle de alguns desfechos de saúde relacionados ao DMT2 e que o modelo de intervenção com treinamento em circuito foi eficiente para o controle da pressão arterial e melhoria da aptidão física de senhoras que em sua grande maioria tinham como principal comorbidade a hipertensão e mais de 2/3 não praticavam atividades físicas na linha base do estudo. |