Influência do extrato de Pleurotus ostreatus na absorção intestinal de glicose pelo transportador de sódio glicose do tipo 1 em camundongos C57BL/6

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Costa, Paola Quevedo da
Orientador(a): Schenkel, Paulo Cavalheiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Alimentos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9827
Resumo: Os carboidratos constituem ¾ do mundo biológico. A glicose é o carboidrato mais importante e é sob essa forma que a maior parte dos carboidratos da dieta é absorvida. A absorção intestinal de glicose através da membrana luminal ocorre por transporte ativo secundário acoplado ao influxo de Na+. Mais especificamente, no intestino a glicose compete com a galactose pelo mesmo sítio de ligação na proteína carreadora conhecida como transportador de sódio-glicose do tipo 1 (SGLT1). Portanto, ao se ligar no transportador junto com o sódio, esses monossacarídeos são ativamente transportados para o meio intracelular. Para se testar a influência do SGLT1, tem sido utilizada preferencialmente a florizina. Essa é um membro da classe chalcona de compostos orgânicos, a qual inibe de forma específica e competitiva tanto o SGLT1 quanto o SGLT2, outro subtipo do transportador encontrado nos rins. Por outro lado, ela não afeta o transporte realizado pelos GLUTs. Já na membrana basolateral, esses são transportados ao sangue por difusão facilitada pela proteína carreadora pertencente à família dos transportadores de glicose (GLUT), no caso, o GLUT do tipo 2. Sobre o carreador SGLT1, estudos têm mostrado que a sua expressão está estreitamente associada à composição da dieta e que sua exposição aos monossacarídeos pode modular sua ação/expressão. Tendo em vista os inúmeros problemas de saúde acometidos por uma alimentação inadequada, estudos com substâncias bioativas têm o potencial de contribuir positivamente para saúde da população ao reduzir o risco de doenças crônicas, além de conter substâncias que auxiliam a promoção da saúde, trazendo com isso uma melhora no estado nutricional. Neste contexto podemos destacar os cogumelos. Dentre vários cogumelos, os do gênero Pleurotus têm sido bastante utilizados em pesquisas. Dentro deste gênero, destacamos a espécie Pleurotus ostreatus (P. ostreatus), uma espécie popular cultivada comercialmente em todo o mundo e que tem mostrado potencial anti-inflamatório, anti-hipertensivo, antinociceptivo, hipocolesterolemiante, antioxidante, antitumoral, etc. Objetivo:Determinar a influência do extrato de Pleurotus ostreatus na absorção intestinal de glicose pelo SGLT1. Materiais e métodos: A pesquisa foi desenvolvida nas dependências do laboratório de fisiologia cardiovascular do departamento de fisiologia e farmacologia da UFPel e no Biotério Central da Universidade Federal de Pelotas. O projeto foi dividido em 3 experimentos, sendo estes subdivididos em testes. Experimento 1: Avaliar os efeitos do P. ostreatus sobre a absorção intestinal de sacarídeos e a glicemia; Experimento 2: Analisar a influência do P. ostreatus sobre a glicemia e sua possível relação com a presença de sacarídeos no extrato; Experimento 3: Analisar a influência da exposição repetida ao extrato do P. ostreatus por 21 dias sobre a absorção de glicose intestinal pelo transportador SGLT1. Para isso, os níveis de glicose foram mensurados através do teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e através do teste de tolerância à glicose (TTG). Em ambos os testes foi administrada uma solução de D-glicose (2g/kg de peso corporal dos camundongos. Ao término do experimento 3, os animais foram devidamente eutanasiados por aprofundamento anestésico e exsanguinação para coleta dos tecidos alvo. Resultados e Conclusão: Em conclusão, camundongos C57BL/6 submetidos a um tratamento de 21 dias com extrato de P. ostreatus na dose de 2000 mg/kg, apresentaram aumento no transporte de glicose pelo SGLT1. Análises adicionais são importantes para enriquecer o entendimento dos mecanismos envolvidos nos resultados obtidos no presente trabalho.