Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Cabrera, Valéria Cabreira |
Orientador(a): |
Linhares, Bianca de Freitas |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8104
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Resumo: |
A Teoria do Desenvolvimento Humano de Ronald Inglehart argui que modernização gera mudanças culturais ao longo do tempo, as quais viabilizam, em determinado estágio, o surgimento da democracia em sociedades não democráticas e o seu fortalecimento em sociedades já democráticas. Tal mudança cultural conduziria à valorização da liberdade individual e, portanto, desencadearia uma série de atitudes e comportamentos individuais benéficos à democracia liberal. Nesse sentido, o autor chega a rejeitar os diagnósticos de declínio da democracia liberal no mundo hoje, na medida em que os resultados empíricos de suas análises estatísticas demonstram a ocorrência da mudança cultural no sentido esperado. Nesta tese, assim, argumenta-se que a Teoria do Desenvolvimento Humano se preocupa em construir uma regra geral de longo prazo testável empiricamente, a qual somente pode existir insulando-se os aspectos atinentes à política, tais como as desigualdades sociais, o impacto do mercado sobre a política e o conflito sempre subjacente às relações interpessoais. Defende-se, ainda, que tal construção teórica e empírica decorre da tradição normativa em que está inserida a teoria, a partir da qual a democracia liberal aparece como a única forma democrática possível, inclusive, por ser testável empiricamente. Para isso, adota-se o recurso de retomar a literatura da qual se origina a Teoria do Desenvolvimento Humano, a fim de verificar a existência de aspectos remanescentes em seus pressupostos teóricos, metodológicos e empíricos, que deixem evidente a normatividade orientada à defesa da democracia liberal. Em um segundo momento, destaca-se, a partir da própria teoria, opções definidas por Inglehart e seus colaboradores em decorrência de tal normatividade e que, não raro, correspondem a críticas já elaboradas às teorias da qual a Teoria do Desenvolvimento Humano se origina. Ao final, espera-se ter demonstrado que, a despeito de apresentar-se como uma revisão às teorias da modernização, a Teoria do Desenvolvimento Humano preserva características oriundas dessa tradição teórica e empírica, as quais orientam a sua compreensão e explicação da democratização e do avanço da democracia até os dias de hoje. |