O protagonismo feminino na Educação de Jovens e Adultos (EJA): entre ensinagens e aprendizagens

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Louzada, Tais Angelo
Orientador(a): Nörnberg, Lui
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Matemática
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14713
Resumo: O presente estudo apresenta o desenvolvimento de uma pesquisa embasada na relação do ensino da matemática com as experiências dos educandos da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O princípio suleador desta pesquisa teve como foco o levantamento e a formulação de estratégias de ensino no campo da matemática que contemplem as necessidades dos educandos, fazendo uma conexão com os componentes curriculares do ensino da matemática. A questão em debate buscou aprofundar as relações matemáticas e como essa disciplina pode colaborar para um melhor desenvolvimento educacional e social desses estudantes. O trabalho ocorreu na Escola Municipal de Ensino Fundamental Doutor Mário Meneghetti, situada no Bairro Getúlio Vargas, na cidade de Pelotas, no estado do Rio Grande do Sul. Com foco nas vivências dos alunos, optou-se por uma metodologia de viés qualitativo, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas, um projeto piloto, rodas de conversa e, como produto profissional do mestrado, uma oficina culinária intitulada “Protagonismo Feminino na EJA”. Durante as entrevistas e o projeto piloto, os alunos enfatizaram a importância de um ensino da matemática que contribua para suas reais necessidades enquanto indivíduos que lutam diariamente por um espaço no mercado de trabalho. A partir desses dados, a pesquisadora optou, após um olhar atento às indagações do grupo, por realizar um produto de mestrado que protagonizou as estudantes participantes da oficina, a qual foi conduzida por uma educanda que ensinou suas colegas e, em conjunto com a equipe, elaborou 40 “Alaminutas” (prato feito). Nesse momento, o papel da pesquisadora transitou entre a coleta de dados e a mediação dessa prática em relação aos conhecimentos matemáticos envolvidos na atividade, desde a compra dos ingredientes até o cálculo de gastos e valores para a venda. Os resultados sinalizaram que os educandos participantes de atividades contextualizadas desenvolvem com maior potencialidade competências e habilidades matemáticas necessárias para seu crescimento pessoal, acadêmico e profissional. Ou seja, no universo dessa pesquisa, a matemática colaborou para o aprimoramento das práticas promissoras em que o grupo pesquisado trabalha, a fim de melhorar seu nível socioeconômico.