Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rochefort, Carolina Corrêa |
Orientador(a): |
Garcia, Maria Manuela Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Educação
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/14452
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Resumo: |
O que pode uma docência como encontro? Essa dúvida inquietou e animou o curso da pesquisa que segue. Ao perspectivar o “encontro” pelas lentes de Spinoza, a docência foi vista pelas noções de “afecção” e de “afeto”, ou seja, uma docência que acontece por composição e/ou decomposição dos corpos. Nesse sentido, a pesquisa produziu uma tese em educação por um movimento contínuo e experimental, atentando ao que pode e não se sabia de uma existência docente. Acontecida pelo modo “rizomático” e “fabulatório”, acolhe como tática para tangenciar e produzir o acontecimental de uma docência, um mergulho nas afecções, ou seja, nas marcas dos encontros de uma docência universitária. Assim, mergulhou em cadernos, sketchbooks, pastas de arquivos digitais impregnados de imagens na forma de fotografias e desenhos, bem como de palavras advindas de falas gravadas, escritas de cartas, de artigos, de TCCs, etc. Vestígios que engendraram o “plano de composição” da pesquisa, uma vez que foram as matérias fabuladas nos 7 (sete) ensaios que experimentaram uma docência como encontro. Esses ensaios-fabulações não procuraram referenciar a docência, mas, por “blocos de sensações”, advindos dos mergulhos na materialidade das afecções, produziram deviresdocentes, blocos de docência movimentados por “personagens conceituais” e “figuras estéticas”. Atravessados por diferentes conjunturas, problematizações e encadeamentos da produção de um trabalho docente artístico-educativo, os ensaios-fabulações moveram-se, sobretudo, por questões que tocam e permeiam a multiplicidade da relação docente (ou da docência) implicando pensamentos que atravessam o corpo, o sujeito, a formação e o currículo. Em composição com as lentes de Spinoza estão as perspectivas de Deleuze e Guattari, Henri Bergson, David Lapoujade, Suely Rolnik, Frederico Morais, Hélio Oiticica, Lygia Clark, entre outros pesquisadores do campo da arte e da educação, que fizeram aliança para a realização desta tese. Uma tese que beira uma docência do absurdo, pois que, pela invenção, dada a condição imanente e relacional do acontecimento docente, defendeu que uma docência como encontro pode engendrar um modo de existir − ético, estético e político − pela afirmação da vida, ou seja, pela alegria. |