Padronização de técnicas de diagnóstico em virologia utilizando ovos embrionados de codorna como modelo biológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lobo, Raulene Rodrigues
Orientador(a): Vargas, Gilberto D´Avila
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Faculdade de Veterinária
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3425
Resumo: Os ovos embrionados de codorna podem ser utilizados para inoculação de diversos tipos de vírus, por diferentes vias, assim como técnicas já conhecidas e aplicadas em ovos embrionados de galinha (Gallus domesticus) com algumas adequações. Podem ser atribuídas vantagens a esse processo, tais como: custo menor de produção, redução do tempo de incubação, necessidade de menor espaço físico e, talvez a mais importante, ser de uma espécie diferente do Gallus domesticus e desta forma não ser portadora de antígenos e anticorpos de interesse na avicultura comercial moderna, não interferindo no diagnóstico e na replicação viral. Para avaliar o potencial de replicação viral, foram utilizados 351 ovos embrionados de codorna de casca branca (Coturnix coturnix japonica) da linhagem NISSEI e amostras dos vírus que acometem aves (vírus da doença de Newcastle, vírus da varíola aviária e vírus da bronquite infecciosa das galinhas) e também em outras espécies como vírus da influenza equina. Nos ovos inoculados com o vírus de Newcastle foi coletado o liquido alantoíde para a realização do teste de HA, que apresentou melhor resultado no tempo de 72 horas com o volume de 100μl. Na inoculação do vírus da varíola aviária foram coletadas as membranas corioalantoídes para analisar as les es po e an lise histopatol gica, sendo que todos os volumes utilizados (20, 40, 80 e 100μl) apresentaram lesões características desta enfermidade. Nos vírus da bronquite infecciosa das galinhas, de todos os volumes utilizados, somente o de 40μl produziu lesões no embrião, como nanismo e enrolamento. A replicação do vírus influenza equina, assim como aconteceu com o VDN, foi dependente da concentração e o tempo de incubação, sendo o melhor tempo o intervalo de 48 horas, utilizando o volume de 40μl. Os ovos embrionados de codornas de casca branca também foram utilizados para testar a viabilidade de uso em cultivo primário de fibroblastos, sendo que os mesmos permaneceram viáveis após quatro passagens in vitro. Este modelo biológico foi eficiente para replicação do vírus da doença de Newcastle, vírus da varíola aviária, vírus da bronquite infecciosa das galinhas e vírus da influenza equina. Estes embriões se mostraram aptos também para serem utilizados em cultivo primário de fibroblastos.