Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Dick, Milene |
Orientador(a): |
Ferreira, Otoniel Geter Lauz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Zootecnia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10423
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Resumo: |
O crescente interesse da população mundial por questões socioambientais dos sistemas produtivos tem ocasionado uma maior preocupação no sentido de repensar práticas e posturas a fim de minimizar os impactos do Homem no planeta. No contexto brasileiro, estes debates incidem fortemente no setor agropecuário, mais especificamente na produção de bovinos de corte, por sua relevância econômica e social, utilização de grandes extensões de terras e por sua influência no aquecimento global, através da emissão de gases de efeito estufa (GEE) pelos animais. Neste sentido, no presente trabalho se propôs analisar: (1) a evolução da produção e qualidade da carne brasileira e seus impactos ambientais, entre os anos de 1994 e 2018; (2) diferentes impactos ambientais dos sistemas de produção de bovinos de corte típicos dos biomas Amazônia, Cerrado, Pampa e Pantanal; e (3) a relação entre intensificação produtiva, emissões de GEE e conservação da biodiversidade nos sistemas de cria característicos destes biomas. A evolução da produção e qualidade da carne, e da ocupação territorial brasileira foi determinada com base em dados publicados por instituições oficiais. As estimativas de impacto ambiental foram realizadas através do método de análise de ciclo de vida (ACV), implementado através do software SimaPro®, em conformidade com as normas ISO14040 e 14044. Melhorias produtivas deram origem ao “Novo Milagre Brasileiro” que consistiu no incremento da produção, da qualidade e das exportações de carne entre 1994 e 2018, com redução de 19,3% da área de pastagens e redução da pegada de carbono da carne bovina brasileira de 49,6 para 25,6 kg CO2 eq. / kg eq. carcaça (CWE). As emissões de GEE da produção de carne foram de 13,92; 12,10; 14,62 e 21,18 kg CO2 eq. / kg de ganho de peso vivo (GPV), e o uso da terra foi de 89,30, 87,94, 158,84 e 148,27 m2a / kg GPV, respectivamente, nos sistemas Amazônia, Cerrado, Pampa e Pantanal. O sistema Cerrado apresentou maiores valores de acidificação terrestre, depleção de metais e combustíveis fósseis, ecotoxicidade de água doce e marinha e formação de material particulado. O sistema Pantanal foi mais impactante na depleção de água, eutrofização de água doce e marinha e formação de oxidantes fotoquímicos. Em todos os casos a toxicidade humana e a ecotoxicidade terrestre foram negativas. Ocupação de áreas urbanas, depleção de ozônio, transformação de áreas de vegetação natural e radiação ionizante foram não significativas, após normalização. A confrontação de intensificação produtiva e conservação da biodiversidade na cria bovina mostrou que a mitigação de impactos ambientais de forma pontual pode inviabilizar outras possibilidades. Estas constatações permitem um maior conhecimento das peculiaridades de cada bioma, bem como, um direcionamento mais adequado dos esforços de identificação de alternativas de mitigação de impactos ambientais e de melhoria de seu desempenho socioeconômico. Nesse sentido, uma convergência de esforços em prol da produção nacional torna-se particularmente importante no panorama de 2050, quando o Brasil, com sua abundância de recursos naturais, poderá participar de forma preponderante do desafio global de aumento da produção de alimentos. |